Dirigentes do sistema portuário brasileiro se reuniram, ontem, em Paranaguá para discutir alternativas de gestão ambiental nos portos nacionais. Os terminais portuários querem se adequar à legislação ambiental (lei 9.966, de 28/4/00), que trata da prevenção, controle e fiscalização da poluição causada por derramamento de óleo e outras substâncias na costa marítima e à própria legislação portuária, que determina a criação de planos individuais de emergência e planos de ajuda mútua para prevenção e combate a acidentes ambientais.
O intercâmbio de experiências entre os dirigentes vem acontecendo, trimestralmente, desde o Encontro Nacional de Entidades Portuárias, realizado ano passado na Bahia. De acordo com o diretor administrativo-financeiro da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA), Álvaro Bounus, está sendo apresentado, durante este encontro, que se estende até hoje, um projeto já em desenvolvimento, que faz do terminal de Paranaguá o primeiro ‘‘porto inteligente’’ da América do Sul.
Bounus explica que o projeto combina telemática e qualidade. A telemática é a ciência que trata da manipulação da informação através do uso combinado do computador e meios de comunicação. O primeiro passo para a criação do porto inteligente foi a implantação do ‘‘APPA on line’’, um sistema que disponibiliza, em tempo real, o controle da movimentação de cargas dentro do porto. Paranaguá é pioneira no Brasil no uso desse sistema.
‘‘Com a implantação de um outro sistema de controle operacional, chamado Eletronical Data Interchange (Intercâmbio Eletrônico de Dados) a administração do Porto de Paranaguá vai entrar na rede mundial, o que dará maior agilidade e eficiência às operações portuárias de importação e exportação, configurando vantagem competitiva ao terminal paranaense.’’