Imagem ilustrativa da imagem Dia dos Namorados: instituto divulga guia para relacionamentos saudáveis
| Foto: Angela Yuriko Smith/Pixabay

Neste Dia dos Namorados, o Instituto Avon quer ir além do conceito romântico da data para lembrar que uma parcela da população - composta majoritariamente por mulheres - continua a vivenciar situações de violência em seus relacionamentos.

Com 90% dos feminicídios cometidos por companheiros ou ex-companheiros - segundo dados divulgados em outubro de 2020 pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública - o Instituto reforça a importância da conscientização sobre o tema, uma vez que conhecer e aprender a reconhecer os sinais de violência nas relações afetivas é o primeiro passo para a quebra do ciclo de violência e para a construção de redes de apoio. As informações são da assessoria de imprensa do instituto.

"O acesso às informações é o que faz a diferença quando falamos do enfrentamento das violências contra as mulheres e meninas. A partir do momento em que as mulheres em situação de violência passam a identificar os tipos de violência e a saber a quem procurar ou onde ir, temos aí o início da jornada de libertação. Sem contar que elas passam a falar mais sobre o assunto com os seus familiares e a construir uma rede de apoio fundamental para que consigam sair desse ciclo de violência", explica Daniela Grelin, diretora executiva do Instituto Avon, por meio da sua assessoria de imprensa.

"É essencial deixar claro que a culpa nunca é da vítima e que ela, além de recorrer à sua rede de apoio, pode ainda procurar ajuda e orientação nos canais de atendimento que oferecem assistência especializada a mulheres em situação de violência e nos órgãos públicos", complementa.

A violência pode ocorrer de diversas formas, desde agressões físicas e abusos sexuais até violências "silenciosas", como as psicológicas, patrimoniais e morais. Alguns exemplos incluem calúnia, injúria, difamação, controle do dinheiro da parceira, destruição de pertences e ações como impedir a parceira de trabalhar, ocultação de bens, humilhações, insultos, perseguição, ameaças, assédio, forçar práticas sexuais ou negar direito a uso de métodos contraceptivos.

Há treze anos, o Instituto Avon atua em prol do enfrentamento da violência contra mulheres e meninas. Entre as ações está o Guia de Bolso para Relacionamentos Saudáveis, lançado em 2018 e que oferece orientações por meio de sete atitudes importantes para um relacionamento saudável:

• Sentir-se segura e confortável perto do parceiro;

• Encontrar no relacionamento base segura e confiável para a liberdade de escolhas;

• O diálogo deve ser o elemento fundamental para a solução de discordâncias;

• Ser valorizada e aceita pelo outro por ser quem é;

• Ser uma pessoa melhor primeiramente para si mesma;

• Ter um parceiro que incentive e vibre com as suas conquistas nas diferentes esferas da vida;

• Relacionamento saudável é aquele que dá espaço para que outras pessoas façam parte da vida do casal, o que combina com amigos e familiares presentes.

O Guia de Bolso pode ser acessado aqui: https://institutoavon.mkt.tools/relacionamentossaudaveis#page/1.

"Relacionamentos saudáveis são aqueles em que as pessoas se sentem confortáveis, valorizadas e seguras ao lado do parceiro ou parceira, havendo liberdade de escolha para que se mantenham próximos de amigos e da família, com diálogo constante e abertura para que compartilhem o que estão sentindo", comenta a diretora executiva.

Ajuda na palma da mão

"Criamos a Ângela, uma assistente virtual, em abril de 2020, em resposta ao aumento dos casos de violências doméstica durante a pandemia. O recurso está disponível para todas as mulheres do Brasil e atua como porta de entrada para o acolhimento e auxílio, com avaliação do grau de risco a que a mulher está exposta, encaminhamento a redes de apoio e orientação psicológica e jurídica", explica Daniela Grelin.

Para pedir ajuda à Ângela não é preciso usar a voz, basta mandar um WhatsApp para (11) 94494-2415. Respaldada por protocolos internacionais de atendimento e acolhimento, a plataforma faz uso de perguntas estratégicas para identificar e avaliar o risco e a vulnerabilidade às quais a mulher está submetida.

Assim que acolhida, a mulher é direcionada a acessar recursos concretos, como:

• Plataformas de apoio psicológico (por meio de parceiros como a Carelink e o Psicologia Viva, que utilizam como método uma terapia breve de dez questões para dar um reforço emocional à mulher nessa jornada de reconhecimento da violência);

• Plataformas de apoio jurídico (como o escritório DeVivo Castro Advogados, que ajudam a mulher a entender seus direitos e como buscá-los);

• Auxílios de transporte;

• Suporte material para alimentação;

• Abrigamento temporário.

Suporte para mulheres em situação de violência


Em abril de 2020, o Instituto Avon lançou o Programa Você Não Está Sozinha cujo objetivo é mitigar impactos do isolamento social para mulheres e meninas durante a pandemia, prestando serviços em ações coordenadas com mais de 10 instituições da iniciativa privada, da sociedade civil e setor público para apoio e atendimento a mulheres e meninas em situação de violência.

O programa oferece serviços de orientação personalizada, acolhimento e serviços como auxílio psicológico - prestado pelo parceiro Mapa do Acolhimento -, orientação jurídica, redirecionamento da mulher à uma rede de apoio ou a um lugar que ela se sinta segura, por meio do auxílio transporte, e doações de cestas básicas a mulheres em situação de alta vulnerabilidade devido à violência, entre outros recursos.

No total, o programa já realizou mais de 4 mil atendimentos psicológicos para brasileiras que buscavam apoio para os diferentes tipos de violência praticadas contra elas.

Além disso, no Brasil, as mulheres contam com o serviço 180 que funciona como uma central de atendimento gratuito a mulheres, 24 horas por dia, e que fornece informações sobre o que deve ser feito, aonde ir e como denunciar uma situação de violência.

Também é possível recorrer a casas de passagem ou abrigos temporários, caso seja perigoso voltar para casa, e hospitais e unidades básicas de saúde (UBS) para exames e tratamentos.

Em casos mais urgentes, é possível entrar em contato com a polícia a partir do número 190. Além dos canais tradicionais e órgãos públicos, a mulher em situação de violência também pode buscar ajuda acessando aplicativos de forma gratuita, como o Mete a Colher, que presta serviço e assistência social e psicológica, além de orientação jurídica, e o Juntas, através do qual é possível pedir socorro e cadastrar contatos de pessoas de confiança que podem ajudar a vítima em um momento crítico. Também é possível pedir orientação jurídica via chat no Facebook por meio da página DeFEMde.

Para mais informações, acesse: https://institutoavon.org.b.