Desvio na Via Anchieta deve ser entregue antes do previsto
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quarta-feira, 12 de janeiro de 2000
Por Jobson Lemos
São Paulo, 12 (AE)) - A Ecovias pode antecipar em uma semana a entrega do desvio que está construindo no km 42 da pista sul da Via Anchieta. Com isso, a expectativa do presidente da empresa, Irineu Meireles, é restabelecer o trânsito nas sete faixas do sistema Anchieta-Imigrantes antes do feriado do dia 25. "Trabalhamos 24 horas por dia e 25% do serviço já está pronto", afirmou.
Hoje completou um mês desde que a pista sul da Anchieta foi interditada por causa de deslizamentos de terra que provocaram rachaduras no asfalto. Ao governador Mário Covas (PSDB), no fim do mês passado, foi prometido que o desvio estaria pronto até o fim deste mês. A preocupação de Meireles em antecipar a entrega se deve ao fato de haver um feriado na capital e outro em Santos, nos dias 25 e 26, respectivamente. Ele teme que isso provoque trânsito intenso tanto para subir quanto para descer a serra.
Ao visitar as obras do desvio hoje, o secretário dos Transportes, Michael Zeitlin, disse estar satisfeito com o ritmo das obras. "Estão conseguindo fazer o trabalho até mais rápido do que haviam dito". Mas a chuva pode atrapalhar os planos de liberar o fluxo no local. Conforme Meireles, tempestades complicariam a obra, que pode deixar de ser provisória e tornar-se permanente. Medições - Um grupo de peritos vem realizando medições na pista afetada para determinar se ela poderá voltar a ser utilizada. "O solo da encosta ainda está se movimentando", disse Meireles. "Os técnicos vão dizer se será possível ou não recuperar a pista afetada". A visão dos 3 mil metros de deslizamento sob a pista interditada é impressionante. O desvio está sendo construído a poucos metros de onde ocorreu o acidente. Meireles, no entanto, disse que estudos garantem que o solo não apresenta problemas no local da nova pista.
A interdição da Anchieta provocou longos engarrafamentos e o Sindicato das Empresas de Transporte Comercial de Carga do Litoral Paulista (Sindisan) estuda a possibilidade de processar a Ecovias e o Estado pelos prejuízos que tiveram por causa dos congestionamentos. "Temos o respaldo de vários laudos e não existe a menor possibilidade de perdermos uma causa na Justiça"
disse Meireles. "A Ecovias não reconhece responsabilidade pelo acidente no km 42".