A Comissão de Segurança Pública da Câmara Municipal de Londrina coordenou, na noite desta segunda (24), audiência pública sobre a questão da população em situação de rua na cidade. Na foto Jaqueline Micali, secretária municipal de Assistência Social de Londrina.
A Comissão de Segurança Pública da Câmara Municipal de Londrina coordenou, na noite desta segunda (24), audiência pública sobre a questão da população em situação de rua na cidade. Na foto Jaqueline Micali, secretária municipal de Assistência Social de Londrina. | Foto: Guilherme Marconi - Grupo Folha

Moradores do Centro Histórico, do Jardim Shangri-lá (zona oeste) e representantes de igrejas estavam entre o público presente para cobrar políticas públicas municipais de atendimento a moradores de rua de Londrina e pedir mais segurança em audiência pública na noite de segunda-feira (23) na Câmara Municipal. A Comissão de Justiça da Casa, que organizou o evento, convidou autoridades de forças de segurança e secretarias de Assistência Social, de Defesa Social e de Saúde de Londrina.

O secretário de Defesa Social, responsável pela Guarda Municipal, Pedro Ramos, disse que não é possível criminalizar esses moradores. Ele foi cobrado sobre segurança pública em prédios públicos e comerciais ocupadas por essas pessoas em situação vulnerável.

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"Nós temos que entender que a pessoa em situação de rua não é uma criminosa. Podemos até ter criminosos na rua, mas podemos ter criminosos em qualquer setor da sociedade”, disse. Segunde ele, no período de um ano foram 71 abordagens a esses moradores pela Guarda Municipal, sendo 40 em prédios públicos.

A secretária municipal de Assistência Social, Jacqueline Micali, foi questionada sobre as políticas públicas da área. Segundo ela, o número de vagas nas diversas modalidades de acolhimento institucional oferecidas pela prefeitura passou de 155 em 2018 para 340 em 2019.

Micali ressaltou que o orçamento total da secretaria em 2022 é de aproximadamente R$ 88 milhões, mas que ainda faltam recursos do governo federal, já que Londrina recebe demanda de outras cidades.

“Morador de rua precisa de política transversal. Quem está na rua e faz uso de drogas precisa de atendimento junto com a saúde”, exemplificou. De acordo com Micali, entre os próximos passos do Executivo Municipal está a oferta de um local unificado para alimentação das pessoas em situação de rua. “Vamos fazer um local próprio para que todos os grupos de ajuda possam doar alimentos”, explicou.

Crítico do trabalho da Assistência Social, o tenente-coronel Nelson Villa Junior, comandante do 5º Batalhão da Polícia Militar (BPM), disse que a questão depende de uma ação integrada entre órgãos de segurança, assistência social, saúde, educação, cultura e a sociedade civil organizada. A promotora Susana de Lacerda, da 24ª Promotoria de Justiça de Proteção aos Direitos Humanos, e o secretário de Saúde, Felippe Machado, também participaram da audiência pública.

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