Os sem-terra querem voltar a Curitiba. A Central Única dos Trabalhadores (CUT) planeja, para este mês, uma entrada simbólica na cidade de integrantes do MST. Há oito dias, caravanas de várias cidades do Estado foram impedidas de se aproximar da capital, gerando confrontos com a PM na BR-277. A data e o número de participantes da caminhada ainda não estão definidos. Ela vai partir do Parque Barigui em direção ao Centro.
De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública (SSP), os sem-terra poderão se manifestar desde que o protesto seja pacífico. A polícia só irá intervir, segundo a SSP, se os agricultores exibirem foices como armas de luta ou tentarem invadir prédios públicos.
O presidente paranaense da CUT, Roberto Von der Osten, disse ontem em entrevista coletiva que ‘‘o ato de desagravo ao MST’’ faz parte da programação do Fórum de Lutas por Trabalho, Terra Cidadania e Soberania. ‘‘Vamos denunciar a perseguição sistemática que o governo Jaime Lerner vem fazendo contra o MST e sindicatos’’, disse.
Hoje, às 19 horas, o Fórum organiza uma missa em memória de Antônio Tavares Pereira na Catedral Basílica Metropolitana. Uma audiência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, será realizada no Plenarinho da Assembléia Legislativa às 14 horas de amanhã. Os deputados vão ouvir sem-terra envolvidos no confronto que causou a morte de Pereira, pais de crianças desaparecidas e familiares de pessoas assassinadas.