Curitiba - O número de municípios paranaenses com notificações de suspeita de dengue chegou a 281 no boletim epidemiológico divulgado nesta terça-feira (20) pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), crescimento de 3,2% em relação ao boletim do dia 6 deste mês. Já o número de municípios com casos confirmados subiu de 64 para 72, crescimento de 12,5%, e o número de cidades com casos autóctones (originados no próprio município) passou de 60 para 69 (crescimento de 15%). Londrina é a cidade com o maior número de notificações de suspeita de dengue no Paraná. Segundo o boletim epidemiológico divulgado nesta terça-feira (20) pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), foram registradas 2.390 notificações desde agosto do ano passado, quando começou o período epidemiológico da doença. No boletim divulgado no dia 6 deste mês, eram 2.236 suspeitas na cidade, que também aparecia em primeiro.

Desde agosto de 2017, a Sesa registrou 487 casos de dengue no Paraná, sem nenhuma morte. Foram 474 casos autóctones e 13 importados de outros Estados. O total de notificações, desde agosto de 2017, foi de 13.568. No mesmo período, foram confirmados 11 casos de chikungunya, cinco deles importados de outras localidades. Nenhum caso de zika foi registrado no Estado.

A cidade com o maior número de casos de dengue confirmados desde agosto de 2017 é Maringá: 146. Foz do Iguaçu tem 45 casos e Cambé aparece em terceiro, com 24.

O Centro de Vigilância em Saúde da Sesa orienta os moradores a fazerem vistorias semanais em seus imóveis, para eliminar possíveis focos do mosquito, pois não são necessárias grandes quantidades de água para a reprodução. Além disso, muitas pessoas deixam de tomar cuidados básicos, como tampar ralos, deixar a tampa do vaso sanitário abaixada, remover a água de aparelhos de ar-condicionado e geladeiras, eliminar recipientes que acumulam água da chuva e limpar calhas. No caso de piscinas, deve haver manutenção periódica.

LONDRINA
A Secretaria Municipal de Saúde solicitou ao governo do Estado autorização para utilizar veículos para a aplicação do fumacê nas ações de combate à dengue em Londrina. O pedido foi feito semanas após a divulgação do primeiro LIRAa (Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti) com resultado de 12,1%, ou seja, a cada cem imóveis vistoriados na cidade, 12 apresentaram focos do mosquito transmissor da doença. A OMS (Organização Mundial de Saúde) preconiza que esse índice permaneça abaixo de 1%.

Conforme o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, a resposta é aguardada para os próximos dez dias. "Solicitamos o apoio do Estado. Temos poucos casos confirmados, mas a intenção é utilizar o equipamento de forma preventiva para evitar o aumento das estatísticas", comentou. Entre 1º de janeiro e 20 de fevereiro deste ano, 606 casos foram notificados em Londrina, três deles foram confirmados.(Colaborou Viviani Costa)