Apesar dos costumeiros buracos nas calçadas e ruas de Londrina, um em particular chamou a atenção de curiosos e vem preocupando comerciantes que trabalham nas proximidades da esquina da rua Alagoas com a avenida São Paulo, em frente à entrada principal do Cemitério São Pedro. Isso porque parte da cratera de aproximadamente dois metros de comprimento desmoronou no final da manhã deste domingo (19) e por pouco não causou um acidente, já que visitantes e feirantes estavam reunidos para a feira que é realizada no local todas as quintas-feiras e domingos.

Marcos César Anjos Novaes, proprietário de um estacionamento que fica em frente ao local em que a cratera apareceu, explica que por volta das 11h da manhã do domingo começou a ouvir alguns barulhos de vazamento de água e percebeu que algumas placas de concreto estavam se soltando do solo, como se estivesse descolando. Ao chegar mais perto, ele viu por uma fresta no chão o vazamento. “Aí eu bati para abrir um pouquinho, caiu metade [da calçada] e já estava esse vão”, relata. Segundo ele, a outra parte da calçada desmoronou na manhã desta segunda-feira (20). O buraco tem pelo menos um metro de profundidade.

A entrada principal, na rua Alagoas, que dá acesso ao estacionamento de Novaes fica ao lado da cratera, local em que dezenas de carros entram e saem todos os dias. Nesse trecho, apenas uma camada de cimento sustenta toda a estrutura superficial e o medo dele é de que uma nova chuva caia e derrube toda a entrada para o estacionamento. Segundo ele, a opção para manter o estacionamento funcionando é utilizar a entrada da avenida São Paulo, que não é automatizada. Por conta disso, ele afirmou que já chamou um técnico para fazer o orçamento para instalar um portão automático para que os usuários consigam entrar e sair de forma segura. “Nós vamos ter que fazer agora [a obra no outro portão] e tirar [dinheiro] da onde nem tinha porque não estava previsto [o gasto]”, esclarece.

O proprietário reforça que quando a calçada cedeu, o cano que leva água para o estacionamento e para o lava-rápido, que fica ao fundo, também rompeu. Através da assessoria, a Sanepar (Companhia de Saneamento do Paraná) disse que consertou o vazamento na rede, mas que a obra é de responsabilidade da Prefeitura de Londrina, já que o problema ocorreu na galeria pluvial.

Por meio de nota, a prefeitura disse que a Secretaria de Obras já foi ao local e “identificou que houve um dano considerável na rede de galerias pluviais”. Segundo o município, como existe um poste da Copel (Companhia Paranaense de Energia) no local, a equipe já entrou em contato com para que ela remova ou faça um reforço no poste. Sem definir datas, a prefeitura disse que “logo que a Copel liberar, a Obras dará início ao trabalho de recuperação das galerias e do asfalto”.

A Copel disse que “avaliou que há segurança para o trabalho no local” desde que não esteja chovendo. Ao ser questionada pela FOLHA sobre o parecer da Copel, a prefeitura reiterou que essa decisão ainda não chegou à Secretaria de Obras e que teme que algum acidente aconteça, colocando em risco os funcionários.