A menos de uma semana para o início do ano letivo na modalidade híbrida no Paraná, escolas estaduais de Londrina têm sido fechadas para higienização após educadores terem sido diagnosticados com a Covid-19. Surtos da doença já haviam sido registrados na semana passada em quatro colégios estaduais de Curitiba e nove de Maringá. Em Londrina, o caso mais recente é o do Colégio Estadual Nossa Senhora de Lourdes, zona leste, onde uma professora que não teve a idade revelada teria contraído o vírus após o início das reuniões pedagógicas, em 11 de fevereiro. No entanto, tudo ainda dependerá da decisão do prefeito Marcelo Belinati (PP) de renovar ou não a vigência do decreto que suspendeu atividades presenciais, em vigor até domingo (28).

Imagem ilustrativa da imagem Covid-19 provoca fechamento da segunda escola de Londrina
| Foto: Roberto Custódio

Na semana passada, a mesma situação já havia ocasionado o fechamento do Colégio Estadual Barão do Rio Branco, em Londrina. E, conforme a App-Sindicato (Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná), o diagnóstico mais recente de Covid-19 já teria sido o segundo caso na mesma escola.

De acordo com o professor Márcio André Ribeiro, diretor da APP-Sindicato (Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná) em Londrina, a entidade tem recebido denúncias sobre o surgimento de sintomas da Covid-19 em profissionais de outras instituições de ensino da cidade. Ele lembra que a preocupação é grande sobre o retorno das atividades presenciais mesmo na modalidade híbrida, já que, em algumas escolas, seriam 500 pessoas circulando ao mesmo tempo e a maioria dos professores atua em mais de uma escola.

“Estamos tentando dialogar com as pessoas, com a sociedade, com as lideranças, alertando sobre isso há algum tempo. Isso aconteceu em Maringá, em Londrina e só o fato de a Secretaria de Estado da Educação obrigar que retomássemos presencialmente, nos forçando a nos reunir nas escolas para discutir estratégias pedagógicas que podem ser discutidas virtualmente, já vem causando um caos”, lamentou Ribeiro.

Por meio da assessoria de comunicação, a Seed (Secretaria de Estado da Educação e do Esporte) disse que está ciente dos casos suspeitos e confirmados, porém avaliou que não existe uma comprovação de que tenha havido a transmissão do vírus entre os profissionais durante as atividades pedagógicas.

ALIMENTAÇÃO

No cronograma de atividades preparatórias para o início do ano letivo na modalidade híbrida a entrega dos alimentos deve ocorrer até sexta-feira, informou a Seed. Ao todo, duas mil toneladas de alimentos não perecíveis, como feijão, leite em pó, macarrão e óleo de soja, além de mais de 200 toneladas de congelados, devem abastecer as 2,1 mil instituições do ensino da rede estadual do Paraná. O estado também vai investir R$ 75 milhões na aquisição de produtos de cooperativas ou associações de pequenos produtores, com previsão de entrega em março, informou a Seed.