O corte de mogno na Amazônia está proibido por tempo indeterminado. Portaria do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) suspendeu, desde segunda-feira, todas as autorizações dadas a empreendimentos com planos de manejo. A medida é uma resposta à denúncia do Greenpeace de exploração ilegal dessa madeira em áreas indígenas, próximas aos locais onde os desmatamentos são permitidos oficialmente.
O presidente do Ibama, Hamilton Casara, determinou a suspensão do corte de mogno até que se concluam as vistorias em 12 planos de manejo, atualmente os únicos autorizados na região a explorar o mogno. Uma equipe, composta por técnicos do Ibama, da Universidade do Pará e da Embrapa, já iniciou visitas de campo para checar se realmente o projeto de exploração está sendo seguido e a madeira retirada da área predeterminada.
Assessores de Casara garantem que a retirada de mogno de reservas indígenas é problema da Fundação Nacional do Índio (Funai) e da Polícia Federal. Mas, o Ibama aproveitará o momento para novas inspeções nos planos de manejo. Desde 1996, o corte de mogno é restrito a áreas com planos aprovados pelo Ibama que juntos ainda podem comercializar 90 mil metros cúbicos de madeira em tora. Ciclicamente, ocorrem vistorias. Mas nunca houve supensão da exploração consentida nessas áreas.