Porto Alegre, 12 (AE) - O sargento da Polícia Militar Adílson Panek, que trabalhou na operação de resgate do acidente na BR 470, em Santa Catarina, disse nunca ter visto algo semelhante em 20 anos de trabalho. Impressionado, ele afirmou que a maioria dos corpos ficou mutilado, alguns irreconhecíveis."Havia corpos dilacerados, um sem a cabeça e outros divididos ao meio; a gente pegava na pessoa e a carne se soltava, não dava para saber quem era", contou hoje. "Outros corpos ficaram no meio das ferragens e tivemos que levantar o ônibus para retirá-los.
No começo da tarde, segundo ele, havia 41 mortos e dezenas de feridos nos hospitais da região. Alguns dos feridos viajavam em um microônibus, que seguia logo atrás do ônibus da Gimenez Viajes.
Para o policial, o motivo do acidente foi imprudência do motorista do ônibus da Argentina que, conduzindo um veículo pesado e em "um declive muito acentuado", estaria a mais de 80 quilômetros por hora. "Ele estava a mais de 80 quilômetros por hora em um local onde teria que dirigir a 40. Panek criticou o comportamento dos motoristas argentinos nas estradas catarinenses. "Eles abusam de ultrapassagens e na velocidade", disse .O policial lembrou que o motorista do ônibus da Gimenez Viajes ignorou "o perigo que é uma serra".