Imagem ilustrativa da imagem Corpo de PM encontrado em rio será sepultado em Assaí
| Foto: Pedro Marconi/Grupo Folha

O corpo do policial militar Ricardo Augusto Cardoso de Lima será velado a partir das 14 horas desta quinta-feira (10), em Assaí. O PM, de 41 anos, atuava no 5º Batalhão de Londrina e foi encontrado nesta quarta após quatro dias de buscas no Rio Paranapanema, em Alvorada do Sul. Cardoso, amigos e familiares estavam em uma embarcação que naufragou no último domingo.

Equipes do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar e da Marinha, além de voluntários e moradores da região auxiliaram os trabalhos. A embarcação foi encontrada na tarde desta quarta-feira. Após a remoção da estrutura, o corpo emergiu no rio e foi localizado pelas equipes no final da tarde. A operação terminou por volta das 20 horas desta quarta.

“Pelas informações passadas pelos populares que ali estavam, quando a embarcação naufragou, houve uma preocupação com quem tinha menor habilidade na água. Inclusive, as informações que temos, é que o cabo Cardoso ajudou a socorrer outras pessoas e que ele também segurou algum flutuante da embarcação, não sabemos dizer se era uma boia ou um banco. Todos estavam preocupados em tirar os outros da água e, quando olharam, ele afundou. Ele pode ter se enroscado em alguma corda ou outra coisa e o barco pode ter puxado ele para baixo”, explicou o tenente Dhieyson Budernik, do 3º Grupamento do Corpo de Bombeiros de Londrina.

Na manhã desta quinta, Budernik detalhou a operação realizada no local. O tenente estima que o corpo da vítima tenha ficado entre 15 e 18 metros de profundidade. As buscas foram realizadas em uma área superior a 5 mil metros quadrados, mapeada de acordo com dados técnicos do fluxo de água e da profundidade no local, considerando também informações da população e das demais pessoas que estavam na embarcação de alumínio.

Além dos mergulhadores, equipes também sobrevoaram a região. Mais de 60 pessoas participaram direta e indiretamente da operação coordenada pelo Corpo de Bombeiros de Londrina. O corpo da vítima emergiu a uma distância aproximada de 90 metros do local, em uma das áreas de mergulho mapeadas pela equipe.

“A atividade de busca já é uma atividade pesada em si. Existe sempre um quadro instalado de angústia e de aflição da família que está ali. Toda história precisa de um ponto final e é muito pior você ficar sem saber, sem ter a materialidade. Você fica naquela angústia e a cabeça fica dizendo que há esperança. Quando é da nossa casa, um irmão de farda, isso arranca da nossa própria carne. Para a equipe ali era totalmente angustiante”, confessou Budernik.

Cardoso era policial militar há 22 anos e atuava no Pelotão de Choque em Londrina. O sepultamento está marcado para às 16 horas, em Assaí.