Consumidor mantém a tradição e troca o presente de Natal

A data posterior ao Natal é tradicionalmente reconhecida como “O Dia Nacional da Troca." E em Londrina, a intensa movimentação do comércio foi de trocas e compras de presentes. Nas galerias da região central, shoppings e comércio geral de rua, a circulação nas primeiras horas da manhã confirmou a tradição, mas o movimento mostrou também certa falta de cuidados dos consumidores com os protocolos de prevenção da covid-19, alguns estavam sem máscaras.

A empresária Amélia dos Santos se adiantou e colocou a troca da calça que não ficou tão elegante como prioridade. “Troquei por duas blusinhas. Sei que vou usar mais”. Amélia disse ainda que vai ter que fazer outras trocas, mas são locais mais distantes de onde mora. “Fui muito bem atendida e acredito que na segunda-feira vai ter mais pessoas porque hoje muitos estão de ressaca. Tenho 15 dias para ir nas outras lojas e vou com tranquilidade”, disse.

Gerente de uma loja de calçados localizada na avenida Souza Naves, Josiane Calazans relata que a primeira cliente do dia foi uma troca. “Assim que abrimos a loja, ela já estava aguardando. Especializada em linha conforto, o comércio de calçados e acessórios, tem clientela fiel e Josiane considera que fazer a troca no sábado seja uma gentileza. “Se oferecemos o atendimento para vendas de segunda a sábado, devemos também dar a opção de troca. Nem todas as lojas fazem, mas temos essa consideração pelo cliente”, expõe. “Nossa política de troca é de 30 dias, basta o cliente trazer a peça na caixa e pronto. No caso se hoje, foi só uma troca de número, pois ela amou o modelo”, acrescenta.

A professora aposentada Olinda dos Santos, 81, observa curiosa o desfile de sacolas. “Eu nunca troquei um presente. Livros, utilidades domésticas, tudo me agrada. E se a roupa precisasse de algum ajuste, eu mesma providenciava porque sei costurar. Eu penso que é um prazer para quem presenteou nos ver desfrutando do que escolheu”, pensa.

A grande presença de consumidores no Calçadão e entorno reforça o hábito do consumidor de realizar trocas. O vendedor de roupas masculinas Henrique dos Santos, 19 anos, considera que embora a circulação esteja grande no sábado pós-natal, isso não representa um grande número de vendas. “Tem muita gente passeando e também traz as visitas que são de outras cidades para conhecer o comércio de Londrina que é bastante prestigiado. Henrique vende roupas esportivas, casuais e acessórios como boné e explica que aos sábados, devido ao grande movimento, muitas lojas avisam que não fazem troca. “Mas eu penso que o cliente se deslocou, às vezes de muito longe e fazemos exceções. Seguindo os costumes, houve troca logo cedinho no seu espaço de trabalho. A bermuda ficou um pouco apertada, então o rapaz trocou por uma camiseta e uma cueca modelo boxer. Acho que ele já veio na certeza de que faríamos a troca, mas agradeceu muito. Eu acredito que fidelizei um cliente e isso é compensador”, alegra-se.