O Conselho Municipal da Criança e do Adolescente (CMDCA) analisa, nesta quinta-feira (10), denúncias e pedidos de impugnações relativas à eleição para o Conselho Tutelar de Londrina, realizada no último domingo.

Imagem ilustrativa da imagem Conselho Tutelar analisa pedidos de impugnações
| Foto: Gustavo Carneiro

Eleitores tiveram problemas para encontrar seus locais de voto. A desorganização se deu porque os eleitores tinham que encontrar a zona eleitoral pelo site do TRE (Tribunal Regional Eleitoral), verificar o número da seção e comparar com a relação de zonas eleitorais emitida na lista pela Prefeitura. Ainda assim, houve quem não conseguiu votar, como afirma a candidata Regina Iwamoto.

"Trabalhei para ajudar os eleitores a acharem o local de votação, no sábado e no domingo ajudei eleitor o dia todo, tenho tudo salvo. Se me mandavam foto do título, eu entrava no TRE e via a zona eleitoral, pegava a lista que o CMDCA deu, via o local de votação, o eleitor chegava lá e o nome nem constava no livro. Foi ridículo. Quem teve voto legal, ético, não conseguiu", disse.

Com ela, quatro candidatos a conselheiros assinaram um documento pedindo a anulação da eleição. "Faltou estrutura, teve mudança nos locais de votação, eleitor do Vista Bela votando na Gleba Palhano, na Warta, vários outros locais. Teve transporte ilegal de eleitor, festa patrocinada por político um dia antes", relata Iwamoto.

Caso o CMDCA não aceite o protocolo, os candidatos pretendem acionar as vias judiciais para conseguir a anulação do processo eleitoral. Há 10 anos conselheira, Iwamoto espera que as denúncias sejam apuradas. Ela conta que houve uma festa no Vista Bela na véspera da eleição promovida por um deputado. "Tenho imagens, fotos, comuniquei o Ministério Público e o CMDCA dias antes e não foi tomada providência, a festa aconteceu. Foi a pior eleição, despreparo de pessoas que atendiam. Tinha gente que chegava com o local certinho e o mesário falava que não votava ali, sem consultar nome, parecia de propósito".

Outra irregularidade gravada por Iwamoto foi uma mesária falando ao telefone. Já Rejane Tavares, presidente do CMDCA, afirma que não houve irregularidade no processo eleitoral, apesar das dificuldades com a localização. "Não houve nenhuma irregularidade na questão da votação, os votos foram todos lícitos. O TRE fez a contagem dos votos, não teve nenhuma fraude", disse.

Segundo a presidente, podem acontecer impugnações de candidatos por irregularidades, mas não do processo. Quanto à mesária, Tavares argumenta que ela foi destituída do cargo no momento que cometeu o ilícito. "Não teve nenhuma influência na urna, a pessoa que fez esse ato está respondendo, mas isso não causou nenhum dano nas votações. A Guarda Municipal e o RH da Prefeitura estiveram no local".

O CMDCA fez a oitiva dos nove candidatos denunciados, segundo Tavares. "Tivemos várias denúncias para uma só pessoa", ressalta. Mas, para Tavares, a situação de Londrina é bem distinta da de Curitiba, onde foi necessário um novo cronograma para uma nova eleição. A campanha eleitoral na capital já recomeça no dia 18.

O Diário Oficial e Londrina deve publicar nesta sexta-feira (11) os nomes definitivos para o Conselho Tutelar.