Planejamento e informação são ferramentas fundamentais para lidar com os congestionamentos nas rodovias paranaenses, que chegaram a superar os 20 km de fila na terça-feira (27). A recomendação é do porta-voz da PRF (Polícia Rodoviária Federal), Fabiano Moreno.

A rodovia BR-277 chegou a ter 23 km de congestionamento
A rodovia BR-277 chegou a ter 23 km de congestionamento | Foto: Divulgação/Comunicação PRF

“O motorista tem que saber que a viagem será um pouco mais longa e ele vai ter realmente um incremento de tempo até maior do que já teria com o movimento de fim de ano. Antes de pegar a estrada ele precisa se informar das condições da rodovia, da estimativa de tempo de viagem nessas condições. Se informe antes de sair de casa e veja a melhor rota, com a sua estimativa de tempo de viagem”, orientou.

A inspetora da PRF, Andressa Mariotto, completou ser preciso ter paciência. “Ao programar a viagem, prepare um lanche e leve água, além de verificar de antemão os pontos em que é possível fazer a parada para usar o banheiro. O que importa é chegar ao destino para poder confraternizar com as pessoas”, declarou.

“A procura tanto pelo litoral paranaense quanto pelo litoral catarinense sempre gerou lentidão nas rodovias que ligam o Paraná a Santa Catarina e Curitiba a Paranaguá. Historicamente sempre tivemos formação de fila nesses trechos nas épocas de fim de ano, principalmente entre o Natal e o Ano-Novo e o retorno do Ano-Novo. Essa situação foi agravada pela redução de disponibilidade de faixas nas rodovias pelas restrições que tivemos, devido aos deslizamentos que ocorreram na BR-277 e na BR-376. Esse estrangulamento gerou um agravamento da situação do trânsito para o litoral nesse período”, declarou Moreno.

FILAS

No trecho paranaense da BR-277, a interdição parcial continuava em vigor no km 42 (Morretes) no meio da tarde de terça-feira (27). Com as condições prejudicadas de tráfego no sentido para o litoral, houve 16 km de fila do km 58 até o km 42, trecho que chegou a atingir 23 km de fila por mais de seis horas durante a manhã; e no sentido Curitiba havia 1 km de fila do km 41 até o km 42.

No trecho paranaense da BR-376, havia interdição parcial no km 668 (Guaratuba). A situação no local no sentido Santa Catarina era de fila de 20 km, do km 648 até o km 668. No sentido Curitiba a fila era de 12 km de fila, do km 680 até o km 668.

Questionado se a interrupção do fluxo de veículos pesados por um período pode ter contribuído para esses congestionamentos desta terça-feira, ele descartou essa hipótese. “De forma alguma. O fluxo que ficou retido durante as restrições foi normalizado e escoado logo nas primeiras horas da liberação da pista, porque a rodovia não foi totalmente interrompida. Havia janelas em que os caminhões e carretas podiam circular, por este motivo não houve um acúmulo de veículos devido às restrições.”

Conforme o porta-voz, o fluxo foi normal em uma quantidade de veículos que já era esperada no fim de ano, somada ao fluxo de veículos de carga. “Tanto na descida quanto na subida da serra haverá algum trecho onde vai ser uma pista simples e o trânsito vai ser estrangulado, como é o caso da BR-277 em um trecho de 1 km. A mesma coisa vale para quem sobe a BR- 376”, declarou. Nesses trechos de pista simples, ele explicou que o veículo pesado é quem vai ditar a velocidade do trânsito.

DESLIZAMENTOS

Moreno explicou que a Arteris Litoral Sul vem monitorando as encostas da BR-376 e o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) vem monitorando a BR-277 acerca de possíveis novos deslizamentos. “Tudo vai depender das chuvas. Se houver um grande volume como os que aconteceram no fim deste ano, existem protocolos para que as rodovias tenham seu tráfego interrompido. Não existe, no momento, ponto algum que esteja com um fator crítico de interrupção”, declarou Moreno.

Durante o final de semana de Natal o fluxo foi apenas 12% abaixo do normal e não houve a formação de filas devido à restrição dos veículos pesados. Ele explicou que a BR-277 quanto a BR-376 são importantes vias de ligação de transporte de riquezas, de insumos, de cargas. “São vias de transporte comercial, inclusive para o Porto Paranaguá. As interrupções da circulação de caminhões foram programadas com bastante antecedência para que as empresas de logística e os caminhoneiros soubessem delas com antecedência, para que planejassem os seus percursos e não houvesse risco algum de desabastecimento.”

RECOMENDAÇÕES

A PRF tem observado que muita gente primeiro está desembarcando dos veículos nos congestionamentos. Aos motoristas que ficarem retidos, o porta-voz da PRF orienta a permanecer dentro do carro. Quando os ocupantes descem do veículo, no meio da rodovia, há o risco de atropelamento se a pessoa o fizer pelo acostamento, que é utilizado por veículos de emergência, viaturas policiais e veículos de serviço. “Você pode ter um trânsito ali no lado”, explicou. E quem desce pelo outro lado do veículo, onde há um corredor, pode ser atingido por motos.

O recomendável, segundo o porta-voz da PRF, é manter sempre o cinto de segurança afivelado mesmo com o veículo parado. “Essa orientação é para que a pessoa não seja projetada contra outros ocupantes ou contra partes do veículo em uma eventual colisão traseira. Isso evitaria que ela se ferisse.”

No dia 28 de novembro, houve um deslizamento que arrastou 15 carros e 6 caminhões e deixou duas pessoas mortas no trecho do km 669 da BR-376. Na época a rodovia chegou a ficar completamente bloqueada por quase 10 dias. No quilômetro 42, da BR 277, no trecho de Paranaguá – Curitiba, houve deslizamento e queda de barreira entre os dias 14 e 16 de outubro. O trecho está em obras desde então e as obras de reparo nos quilômetros 39 e 41 da BR-277 começaram dia 19 deste mês.

veículos de carga

No Ano Novo, em alguns dias e horários, todos os veículos de carga articulados (carretas, cegonhas, bitrens) ficam proibidos de circular. Na BR-277 entre o retorno/entrada para Morretes e a antiga praça de pedágio em São José dos Pinhais (entre os km 30 e 60) fica proibida a circulação no dia 30 (sexta-feira), das 12 horas à meia-noite (sentido litoral); no dia 31 (sábado), das 6 horas à meia-noite (sentido litoral); no dia 1º (domingo), das 12 horas à meia-noite (sentido capital); e dia 2 (segunda-feira) das 6 horas ao meio-dia (sentido capital).

Na BR-376, o trecho com restrição foi alterado e agora ficará entre a entrada para Campo Alto, no município de Tijucas do Sul, e a praça de pedágio em Garuva (SC), entre os km 648 e 682. No dia 30 (sexta-feira) o horário proibido será das 14 horas à meia-noite em todos os sentidos. No dia 31, a interrupção do fluxo para veículos de carga será das 6 horas até 18 horas, também em todos os sentidos. No dia 1º, o fluxo será fechado para veículos de carga das 14h à meia-noite em todos os sentidos. No dia 2, o horário proibido será das 6 horas até o meio-dia, também nos dois sentidos.

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