Imagem ilustrativa da imagem Confirmação da variante Lambda em Londrina coloca o Paraná em alerta

A confirmação do primeiro caso de variante Lambda (C.37) registrado em Londrina colocou todo o Paraná em estado de alerta. A contaminação divulgada na última sexta-feira (13) refere-se a uma londrinense sem comorbidades que não havia sido vacinada. Ela coletou exames em 9 de julho e não precisou ser internada, pois teve sintomas leves. Apesar de haver poucos estudos sobre a nova cepa, teme-se que ela promova uma nova onda de coronavírus no Brasil, a exemplo do que aconteceu no Peru, onde atualmente é responsável por 90% das contaminações.

O biomédico Leandro Vaz Toffoli, coordenador do curso de Biomedicina da Unopar, explica que o maior temor em relação à variante Lambda (C.37) é o seu alto índice de transmissibilidade. “Essa variante surgiu no Peru no final de 2020. Ainda há poucos estudos sobre ela, porém não há dúvidas sobre a velocidade com que ela tem se propagado em diversos países da América do Sul, como o Chile e a Argentina, por exemplo. Ela foi responsável pela segunda onda de Covid no Peru e, por isso, teme-se que ela possa provocar uma nova onda de casos no Brasil também”, esclarece.

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Toffoli destaca que apesar de o primeiro caso da Lambda no Paraná ter sido divulgado somente nessa semana, não é possível afirmar que não tenham acontecido outras transmissões pela cepa no estado. “O sequenciamento genômico que identifica que tipo de variante contaminou o paciente não é feito em todos os exames. Esse detalhamento ocorre de forma aleatória. Então pode ser que já existam outras contaminações por Lambda em Londrina e em outras cidades paranaenses”, enfatiza.

O biomédico ressalta que ainda não é possível avaliar se a cepa descoberta no Peru é mais ou menos nociva que a variante Delta, por exemplo. “Muitos estudos ainda precisam ser feitos para identificar características próprias da Lambda. O que se sabe até o momento é que os pacientes contaminados por ela costumam apresentar tosse seca, cansaço, febre em torno de 38 graus, podendo ter perda de olfato e paladar. A recomendação é que ao sentir esses sintomas a pessoa procure um médico”, aconselha.

O surgimento de novas variantes costuma preocupar a comunidade médica pelo risco de que essas mutações possam driblar o efeito das vacinas contra a Covid-19, conforme aponta Toffoli. “Existe o vírus original e à medida em que ocorre a transmissibilidade ele vai se modificando e acaba se tornando mais resistente. Atualmente existem cerca de sete variantes que estão sendo estudadas em todo o mundo. Por enquanto, todas as vacinas têm se mostrado eficaz contra elas. É importante o avanço da cobertura vacinal pois a pessoa imunizada tem uma resposta imunológica mais potente, fazendo com que a transmissão comunitária perca a força, evitando assim o surgimento de novas variantes como a Delta e Lambda”, salienta o biomédico ao reforçar a importância do uso de máscara, do isolamento social e da constante higiene das mãos com água e sabão ou álcool 70.

Além do Paraná, também foram registrados casos da variante Lambda (C.37) em São Paulo e Porto Alegre.

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