Mauro Janene Costa deixa Tribunal do Júri sem falar com a imprensa após ser condenado pela morte de Estela Pacheco
Mauro Janene Costa deixa Tribunal do Júri sem falar com a imprensa após ser condenado pela morte de Estela Pacheco | Foto: Gustavo Carneiro/Folha de Londrina



Após ser condenado a 11 anos pela morte da professora Estela Pacheco, quase dezoito anos após a morte dela, o pecuarista Mauro Janene Costa disse que sente-se "aliviado" com o julgamento ocorrido nesta quinta-feira (22), em Ponta Grossa (Campos Gerais). Entretanto, ele admite um "frio na barriga" por não saber o que pode acontecer nas outras instâncias judiciais. Desde 2011, o julgamento foi adiado por sete vezes, sempre por motivos ligados à defesa.

A entrevista foi dada na manhã desta sexta (23), no hotel onde Janene está hospedado - ele vai poder recorrer em liberdade. Ele e a advogada de defesa, Gabriela Silva, deixaram o Tribunal do Júri após a sentença sem falar com a imprensa na noite de quinta.



A defesa vai recorrer da decisão, mas não adiantou qual será a linha de argumentação. Na entrevista, a advogada disse que "estranhou" o fato de a lista de jurados para o sorteio ter apenas três homens e dezessete mulheres - no sorteio que definiu o Tribunal do Júri, sete mulheres foram sorteadas. O pecuarista, por outro lado, disse que o julgamento foi "muito respeitoso", tanto pelo lado da defesa quanto da família.

Janene foi condenado por ter supostamente arremessado o corpo de Estela Pacheco da sacada do seu apartamento, no centro de Londrina, em 2000. A defesa defendeu a tese de que a vítima, sonolenta, caiu e morreu na queda. Porém, laudo dos peritos médicos à época atestam que ela havia morrido cerca de uma hora antes de atingir o solo.

(Com informações do repórter Celso Felizardo, enviado a Ponta Grossa)