Concorrência aumenta oferta de linhas mas não reduz preços
PUBLICAÇÃO
sábado, 15 de janeiro de 2000
Por Denize Bacoccina
São Paulo, 15 (AE) - Na telefonia celular, a existência de duas operadoras aumentou a oferta de linhas e acabou com as filas para comprar um telefone em São Paulo, mas não reduziu o preço de utilização do serviço, como se esperava. Caíram os preços dos aparelhos e as operadoras passaram a oferecer a habilitação gratuita, mas o uso do serviço aumentou nos últimos anos.
Na Telesp Celular, o minuto local custa R$ 0,42 no horário normal e na BCP, custa R$ 0,41. Nos dois casos, há descontos nos horários de menor movimento, como à noite ou em fins de semana. As duas empresas investem pesado em publicidade para atrair o consumidor. Mas, guerra de tarifa mesmo, o consumidor brasileiro ainda não viu. O máximo que consegue são promoções de parcelamentos de aparelho e minutos gratuitos no serviço pré-pago.
Foi justamente a área de celular pré-pago que provocou a popularização do serviço. Como não tem conta nem taxa de assinatura, esse celular conquistou um público de renda mais baixa. Nesse caso, porém, o minuto custa bem mais: R$ 1,40 nas chamadas feitas em qualquer horário.
O crescimento do celular foi rápido no Brasil. O movimento explodiu no ano passado e se consolidou como o presente da moda no último Natal.
A Telesp pretendia ampliar sua carteira de clientes de 2 4 milhões até setembro para 2,8 milhões até o fim do ano. A BCP, que começou a operar em maio de 98, vendeu 1 milhão de linhas em um ano. No fim do ano passado, tinha 1,4 milhão de clientes.
O maior investimento das duas empresas tem sido no oferecimento de novos serviços. A Telesp está ampliando o serviço de roaming (possibilidade de utilização do aparelho em outras cidades) internacional para os Estados Unidos. A empresa já oferecia o serviço para a Europa e Mercosul. O mesmo serviço já é oferecido pela BCP desde junho do ano passado.

