Comércio aposta em promoções para alavancar vendas de final de ano
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quinta-feira, 26 de novembro de 2020
Viviani Costa - Grupo Folha
As associações comerciais de Londrina e região esperam movimentar as lojas neste final de ano com promoções, descontos e sorteios de brindes. A temporada com preços atrativos a partir da chamada Black Friday, nesta sexta-feira, deve impulsionar as vendas e diminuir prejuízos acumulados durante o ano por alguns setores em razão das restrições adotadas para evitar a proliferação do novo coronavírus.
“Esperamos que esta sexta-feira seja o maior dia de vendas do ano. Sabemos que, no decorrer de 2020, alguns segmentos despontaram muito com vendas acima do ano passado de produtos como fogão, geladeira, sofá, itens de decoração e telefonia. Por outro lado, o setor de vestuário e o setor de calçados, por exemplo, estão começando a despontar agora”, afirma o presidente da Acil (Associação Comercial e Industrial de Londrina), Fernando Moraes.
O horário de funcionamento do comércio de rua foi ampliado e as lojas vão funcionar entre 9h e 20h nesta sexta-feira. Neste sábado, o comércio estará aberto das 9h às 18h. Logo após a semana de descontos, a expectativa é manter a movimentação no comércio com as promoções voltadas para o Natal. Eventos em parceria com a Prefeitura de Londrina e um trio elétrico itinerante com a presença do Papai Noel devem atrair os consumidores no mês de dezembro.
Parcerias formadas durante o ano, segundo Moraes, auxiliaram os empresários na contratação de créditos, realização de cursos de capacitação sobre as mudanças no mercado e uso de ferramentas para o e-commerce.
Em Arapongas, a gerente administrativa da Acia (Associação Comercial e Empresarial de Arapongas), Elizabeth Liberato, conta que o comércio já começa a dar sinais de recuperação.
“Em outubro, as consultas ao SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito) aumentaram 1,7% em comparação com o mesmo mês do ano passado. Foram 56 consultas a mais. Mas, no balanço do ano até 31 de outubro, a quantidade de consultas ainda está 23,7% menor”, detalha. O acesso ao serviço é realizado para verificar se o consumidor possui alguma restrição para finalizar a compra no crediário.
O fechamento do comércio por 21 dias associado ao medo da pandemia fizeram com que muitos clientes deixassem de consumir. Por outro lado, Liberato ressalta que as medidas aprovadas pelo governo federal como o pagamento do auxílio emergencial e a redução ou suspensão dos contratos de trabalho amenizaram o cenário de prejuízos.
O presidente da Acia (Associação Comercial, Industrial e de Serviços de Apucarana), Jayme Leonel, afirma que a expectativa é de aumento de 10% a 15% nas vendas de fim de ano no comércio local. A porcentagem leva em conta o mesmo período do ano passado. Porém, os valores não foram revelados.
Conforme Leonel, o auxílio emergencial deu sobrevida a algumas lojas e estabelecimentos comerciais da cidade. Já no setor industrial, a produção diversificada rendeu resultados positivos, principalmente, no setor de vestuário em razão da confecção de máscaras e de jalecos. “Foi uma ilha de bons negócios. Muitas empresas foram incluídas nesse processo de produção.”
O presidente da Acim (Associação Comercial e Empresarial de Maringá), Michel Felippe Soares, também destaca que linhas de crédito para empresários e programas de capacitação auxiliaram os comerciantes durante a pandemia.
“Foi um ano desafiador tanto para a entidade quanto para o meio empresarial. A maioria dos empresários conseguiu passar por esse período turbulento. Alguns setores, como a construção civil, estão até mais fortes do que antes da pandemia, mas alguns segmentos ligados ao turismo e aos serviços ainda sofrem impacto muito forte”, pondera.
Saldos positivos na geração de emprego na região contribuem para a recuperação da economia. Soares acredita que a contratação de temporários também deve reforçar o cenário mais otimista.
A associação incentivou, por meio de linhas de crédito, a realização de melhorias nas fachadas e na organização das empresas locais. “Vamos focar novamente a valorizar o comércio local. Durante o ano fizemos vídeos de sensibilização para a população e agora vamos voltar nesse ponto. As empresas daqui geram emprego e geram renda que fica na nossa cidade.”