A Prefeitura de Londrina terá que desembolsar um pouco mais de dinheiro no novo contrato emergencial que está sendo desenhado para fornecimento de oxigênio para a rede municipal de saúde, incluindo unidades básicas e UPAs (Unidade de Pronto Atendimento), principalmente a do Sabará, porta de entrada para casos da Covid-19. No atual modelo, o valor do metro cúbico é de R$ 5,71, mas o aumento do consumo por causa da pandemia fez com que o preço mínimo disparasse para R$ 17,89.

Imagem ilustrativa da imagem Com preço em alta, prefeitura vai pagar três vezes mais por oxigênio em novo contrato
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A Secretaria de Gestão Pública comparou este índice com os praticados por outras cidades. Segundo a pesquisa fornecida pelo secretário responsável pela pasta, Fábio Cavazotti, a Prefeitura de Ribeirão do Pinhal, município do Norte Pioneiro bem menor que Londrina, paga R$ 25,60 pelo metro cúbico. Floriano, no Piauí, aplica R$ 46,50. Já a administração de Capanema, no Pará, está pagando R$ 35. Em Maringá, no Noroeste do Paraná, o poder público paga R$ 13,50 pelo item.

O contrato emergencial foi a opção escolhida por Londrina depois que a fornecedora, a empresa Air Liquide, não se interessou em prorrogar o vínculo firmado em 2018. Esse acordo termina no dia 31 de maio. A decisão foi comunicada à prefeitura pela coordenadora comercial da instituição, Adriana Desengrini, em 26 de março. No documento que a FOLHA teve acesso, ela detalha que "os valores contratados anteriormente já não são compatíveis com os vigentes no mercado. Também não são suficientes para que cubram, mesmo que minimamente, os custos operacionais".

Cavazotti informou que o modelo em elaboração terá duração de seis meses, mas outro processo licitatório em formato semelhante do atual também já está sendo estudado. "Foi a menor proposta que conseguimos porque estamos em um momento de pico da pandemia. Isso está acontecendo no Brasil inteiro. Negociamos ao máximo e até reduzimos um pouco. Porém, mesmo assim, vamos monitorar o preço nos próximos meses. Se houver uma queda, nada impede de um reestudo financeiro do contrato", explicou.

A Air Liquide fornece oxigênio em três metragens: de um, 2,5 e 10 metros cúbicos, este último é o aplicado na UPA Sabará, por exemplo. Além disso, a empresa repassa os equipamentos com cateter, bateria interna e carregador de bateria.