Com doses da vacina da Pfizer, Londrina retoma imunização de gestantes e puérperas

Suspensa há uma semana após determinação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), a vacinação de gestantes e puérperas poderá ser retomada com as doses da vacina da Pfizer, cuja chegada em Londrina foi antecipada para a tarde desta terça-feira (18). Ao todo, mais de 41 mil doses que incluem, também, os outros três imunizantes, foram enviadas para os municípios que compõem a 17ª Regional de Saúde. Entretanto, Londrina é o único município da Regional que poderá utilizar as doses da Pfizer já que o imunizante possui prazo de apenas cinco dias para ser aplicado depois de descongelado. Por conta disso, a aplicação vai ser concentrada no ponto de vacinação que tem a capacidade de receber o maior número de pessoas, o CCI (Cento de Convivência do Idoso) da Zona Norte. Com 164 novos casos e mais sete óbitos em decorrência da Covid-19, Londrina acumulou 54.331 casos e 1.361 óbitos desde o início da pandemia.

Com a chegada dos novos lotes aos municípios da 17ª Regional de Saúde, a Secretaria de Saúde de Londrina liberou o agendamento de outras 2.427 pessoas com comorbidades que têm entre 50 e 55 anos completos. Até agora, estavam sendo chamados moradores um pouco mais velhos, com idades entre 55 e 59 anos e que têm doenças crônicas, além dos que possuem deficiência permanente grave e são cadastrados no BPC (programa de Benefício de Prestação Continuada).

"É um grande desafio, pois temos um público definido para ser vacinado, não é qualquer pessoa, e é justamente um público em que a vacinação em todo o Brasil anda de forma mais lenta pela sua complexidade. Pela necessidade de avaliação de documentos, obrigatoriedade de apresentação de laudo médico, documentos que comprovem que a pessoa é do grupo de comorbidades, então será um grande desafio para as nossas equipes", avaliou o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado quando questionado sobre a aplicação das doses da Pfizer.

A Regional de Saúde também deu início à distribuição de novas 680 doses da Coronavac/Butantan referentes às primeiras a serem aplicadas em gestantes e puérperas. Cambé e Rolândia, por exemplo, ficarão com 170 e 130 doses, respectivamente.

Para os profissionais da educação e da saúde, foram enviadas 4.440 primeiras doses do imunizante Covishield, também produzido pela AstraZeneca/Fiocruz. Destas, 1.050 devem ficar em Londrina e o restante será destinado a cidades como Miraselva (15), Pitangueiras (40), Primeiro de Maio (75), Tamarana (80), Cafeara (20), Lupionópolis (35), além das demais da região.

O maior lote que chegou nesta terça-feira é o referente às segundas doses da AstraZeneca/Fiocruz, com 30.353, que serão destinadas aos idosos com mais de 60 anos e menos de 70 completos. Destas, 19.330 ficam em Londrina.

Os primeiros lote da vacina da Pfizer também foram enviados a Maringá (9.360) e Cascavel (7.020) e um total de 45.630 doses já haviam ficado na capital do estado. A estimativa populacional utilizada para balizar o envio das doses, apontou que o grupo formado por gestantes e puérperas com comorbidades em Londrina possua 1.170 pessoas.

Questionado, o secretário municipal de Saúde apontou que Londrina possui cerca de 300 gestantes e 170 puérperas. A estimativa leva em consideração, também, as que são portadoras de doenças crônicas.

A vacinação em gestantes e mulheres que tiveram filhos nos últimos 45 dias deixou de ser realizada com doses do imunizante produzido pela farmacêutica AstraZeneca depois que uma morte foi registrada no Rio de Janeiro. O caso ainda está em investigação pelo Ministério da Saúde. Outro fator que fez a imunização deste grupo ser interrompida foi a ausência de novas primeiras doses da Coronavac.

Até a noite desta segunda-feira, 124.522 moradores já haviam sido vacinados em Londrina, sendo que 77.043 já podem ser considerados imunizados, pois também receberam as segundas doses. Já a Sesa divulgou 6.527 novos casos e mais 155 óbitos pela Covid-19 que não fazem referência aos casos confirmados nas últimas 24 horas. Ao todo, o estado somou 1.026.423 casos e 24.714 óbitos pela doença.