Com baixo efetivo, PM paralisa patrulhamento por motos em Rolândia
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quinta-feira, 08 de julho de 2021
Rafael Machado - Grupo Folha
A Polícia Militar teve que interromper o patrulhamento por motos em Rolândia (Região Metropolitana de Londrina) pelo déficit no efetivo de agentes e a falta de "motocicletas modernas". Esses foram os motivos do comandante da corporação no Paraná, coronel Hudson Leôncio Teixeira, para explicar a desativação do grupo Rocam (Companhia de Rondas Ostensivas com Aplicação de Motocicletas) do 15º Batalhão, responsável pela segurança de 14 cidades da região.
As informações constam em um ofício enviado por Teixeira à Câmara Municipal de Rolândia no final de junho. Segundo o oficial, o batalhão de Rolândia está com déficit de 38% no número de policiais. A quantidade total do efetivo, no entanto, não foi divulgada no documento. "A população não ficou sabendo do fim desse serviço. No atendimento das ocorrências, as motos são mais ágeis do que as viaturas", expôs o vereador Guilherme Spanguemberg (PTB), um dos autores do pedido.
No mesmo ofício, o comandante indica que a falta de PMs piorou com a pandemia da Covid-19, até porque muitos precisaram ser afastados. Ele também cita outro problema. "Não vislumbro a possibilidade de emprego das motocicletas no presente momento pelo atual panorama da frota. Há necessidade de veículos modernos e que atendam aos requisitos técnicos para a reativação do grupo Rocam", abordou.
Como possíveis soluções, Teixeira relembra o concurso público para contratação de 2 mil policiais militares, "as quais serão distribuídas de acordo com os estudos relacionados ao déficit existente". O coronel afirma que o governo do Estado prepara uma licitação para comprar motos adaptadas, capacetes, equipamentos de proteção individual e rádios transmissores portáteis, em que a demanda do 15º Batalhão foi incluída.
Em consulta feita ao sistema de protocolos da Seap (Secretaria da Administração e Previdência) do Estado, a FOLHA confirmou que o processo começou a tramitar em abril de 2019. A última movimentação é de 4 de fevereiro deste ano. Após idas e vindas, o edital permanece em análise na mesma secretaria. A Sesp (Secretaria Estadual de Segurança Pública) foi procurada para comentar o assunto, mas não retornou o contato.