Uma das mais tradicionais instituições de ensino de Londrina, o Colégio Londrinense suspendeu as suas atividades na educação infantil e demitiu os 20 professores que trabalhavam no setor. As demissões foram confirmadas pelo colégio e pelo Sinpro (Sindicato dos Profissionais das Escolas Particulares de Londrina e Norte do Paraná).

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. | Foto: Pixabay

De acordo com o Sinpro, os desligamentos dos professores aconteceram entre sexta (12) e segunda-feira (15) com o objetivo de encerrar a educação infantil na instituição. O presidente do Sindicato, André Cunha, afirmou que o Sinpro não foi comunicado anteriormente sobre a decisão do Londrinense e que as demissões surpreenderam.

"Acredito que este posicionamento seja uma questão de mercado, uma decisão de não seguir neste segmento. Porque do ponto de vista econômico havia alternativas para a manutenção das vagas", frisou o presidente.

Os professores demitidos estavam com os contratos suspensos nos últimos dois meses, baseado na MP (Medida Provisória) 936, que criou o Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda. "A instituição poderia aderir ao corte de salários e jornada em 70% e manter os professores ou mesmo alocá-los em outras atividades, como no auxílio aos professores do ensino básico, já que há uma sobrecarga grande em razão da nova realidade de ensino on-line", ressaltou Cunha.

O Sinpro informou que irá acompanhar as rescisões dos professores e que a instituição se comprometeu a pagar dois meses de salários de estabilidade, como prevê a MP.

Em nota, assinada pelo diretor geral Eleazar Ferreira, o Colégio Londrinense afirma que a informação do Sinpro é mentirosa, "pois não há decisão sobre acabar com a educação infantil".

A instituição esclarece que a suspensão dos serviços foi decidida após uma pesquisa realizada com as famílias dos alunos da educação infantil, em que a maioria não concordou com o retorno das aulas no ensino remoto, que daria seguimento ao calendário letivo anual.

"Tivemos que tomar a decisão de desligar a equipe de professores pois a necessidade de manter a estabilidade financeira neste período é preeminente e ressaltamos que a retomada dos serviços educacionais presenciais da educação infantil depende de decisão de saúde pública por parte da Secretaria Municipal de Saúde".