Pequim - Pelo menos 70 pessoas morreram por causa de uma série de deslizamentos maciços de terra provocados pelas chuvas torrenciais que caem há 48 horas sobre vários distritos e cidades da província de Hunan (sul da China), informaram ontem as autoridades locais.
Mais de mil pessoas morreram em 20 províncias chinesas desde o mês de maio por causa das enchentes que deixaram desabrigadas dezenas de milhares de famílias, principalmente nas zonas mais vulneráveis aos tufões. Teme-se que se repita a tragédia de 1998, quando uma série de transbordamentos do Yangtsé matou mais de 4.000 pessoas e centenas de milhares de efetivos do Exército foram mobilizados para reforçar com sacos de areia e pedras as margens desse rio, que desemboca no Mar do Leste da China, junto a Xangai.
As últimas chuvas torrenciais, as piores na região durante a última década, atingiram cerca de 3,5 milhões de pessoas dos povoados de Chengzhou, Henyang, Yongzhou e Zhuzhou, onde foram decretadas medidas emergenciais para socorrer os desabrigados. Na cidade de Chengzhou, a mais afetada, 45 por cento da área urbana está alagada, afirmou um funcionário do Governo provincial de Hunan em declarações reproduzidas pela agência estatal Xinhua.
Os danos materiais foram numerosos nessa província de clima semitropical, e se calculam perdas de uns 2 bilhões de iuanes (uns 240 milhões de dólares), segundo os primeiros dados preliminares.
As autoridades continuam com um ''rígido'' acompanhamento do nível das águas dos rios Yangtsé e Amarelo, que com seus mais de 5.000 quilômetros cortam quase toda a China desde o oeste.
Equipes de especialistas observam 24 horas do dia a evolução dessas correntes fluviais, preparadas para qualquer emergência, já que o período das chuvas torrenciais só termina no final de setembro.