Chefe dos "carabinieri" é demitido
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quinta-feira, 30 de março de 2000
Roma, 31 (AE-AP) - A chefia dos "carabinieri" (polícia civil italiana) demitiu hoje (31) o coronel Antonio Pappalardo, um de seus mais importantes oficiais, devido a uma acusação de que ele teria elaborado um documento no qual classifica os políticos de trapaceiros e descreve a instituição como único grupo realmente democrático do país.
Pappalardo, um ex-parlamentar e ex-subsecretário de governo, foi demitido depois que a mídia publicou detalhes do documento. "Rejeitamos totalmente o documento", afirmou o porta-voz dos "carabinieri", Gianfranco Linzi.
O documento, que também conclama a polícia a ajudar na formação de "um novo Estado e uma nova Europa" foi distribuído primeiramente em departamentos dos "carabinieri" em janeiro, mas à época não provocou qualquer reação oficial.
As revelações e a demissão de Pappalardo ocorreram poucas horas depois de o parlamento ter aprovado uma lei reconhecendo os "carabinieri" como a quarta força militar do país, ao lado do Exército, da Marinha e da Aeronáutica.
Os "carabinieri", maior unidade armada da Itália - com mais de 110.000 homens e cerca de 5.000 departamentos em todo o país -, estará no futuro sob a supervisão do Ministério da Defesa, e não mais do Exército.