Treze corpos foram encontrados ontem pela Polícia Militar do Rio de Janeiro dentro de uma Kombi, no morro da Caixa D'Água, na Penha, zona norte da cidade. A suspeita maior é que as vítimas tinham envolvimento com o tráfico de drogas da região.
Para o delegado do 38º Distrito Policial, Reginaldo Guilherme da Silva, as mortes foram consequências de guerra entre traficantes de facções rivais pelo controle dos pontos de venda da região, iniciada há três meses, e que já havia feito quatro vítimas.
Os mortos eram moradores do Morro do Sereno, que faz parte do complexo da Caixa d'Água. Essa favela é comandada por ''Elias Maluco'', do Comando Vermelho. Segundo a polícia, a guerra no local começou quando essa facção invadiu o morro do Quitungo, comandado por ''Mirran'', do Terceiro Comando.
As vítimas participavam de um churrasco no Quitungo. ''Parece que o churrasco era para comemorar o sucesso da ocupação do morro'', afirmou o delegado. ''O Mirran, que é muito querido pela comunidade local, aproveitou a situação para dar o troco'', afirmou Reginaldo da Silva.
Das 13 vítimas, cinco eram mulheres. Nos corpos haviam marcas de balas de vários calibres e cortes. Policiais disseram que não era possível deduzir se houve ou não tortura. A Kombi usada para deixar os corpos foi roubada, na Ilha do Fundão, zona norte.