A 17ª Regional de Saúde de Londrina registrou cinco casos graves de dengue e outros 38 que apresentaram sinais de alerta em que os pacientes precisaram ser internados em decorrência da doença. A regional, composta por 21 municípios do Norte do Estado, contabiliza 1.219 confirmações de dengue e seis mortes, sendo quatro em Londrina, uma em Assaí e uma em Cambé. Os dados atualizados foram divulgados nesta terça-feira (30) pela Sesa-PR (Secretaria de Estado da Saúde) e abrangem o período epidemiológico de agosto do ano passado a março deste ano.

Imagem ilustrativa da imagem Casos graves de dengue preocupam 17ª Regional de Saúde
| Foto: Arquivo - AEN

Mais de 30 casos de dengue com sinais de alerta foram constatados pela regional em 2021. Só no mês de março foram 26. Para o enfermeiro responsável pelas arboviroses na 17ª Regional de Saúde, Edmilson de Oliveira, o número crescente de casos graves preocupa em meio à pandemia da Covid-19 e exige mais atenção da população no trabalho de remoção dos criadouros do Aedes aegypti.

“Estamos percebendo um aumento no número de notificações, de casos e de pacientes que precisam de atendimento hospitalar. É uma situação preocupante porque a gente sempre teve dengue dentro de um cenário já complicado. Com a pandemia, o esgotamento de insumos e a falta de profissionais, isso tudo diminui a capacidade de atendimento. Como estamos no pico da pandemia da Covid, é muito difícil pensar em outra doença, mas estamos com esse desafio de tentar atender pacientes com outras doenças e comorbidades, entre elas a dengue”, alertou.

Segundo Oliveira, a subnotificação de casos de dengue sempre existiu. No entanto, a Covid-19 pode dificultar ainda mais o diagnóstico de dengue, já que os sintomas, em geral, para as duas doenças são semelhantes e podem confundir os profissionais.

“A pessoa pode ter uma dor de cabeça e febre e ser Covid ou ser dengue. Pode ter também dor muscular e ser Covid ou ser dengue, o que causa muita confusão na hora do atendimento. A gente precisa ter um pouco mais de atenção na evolução dos casos. Não conseguimos definir claramente cada doença”, ponderou.

Os profissionais da saúde estão sendo orientados a refletir sobre a possibilidade de confirmação de outras doenças além da Covid. “A dengue evolui do primeiro ao terceiro dia com febre. Do terceiro ao sétimo dia essa febre diminui, mas o paciente piora. Na Covid, o paciente evolui algumas vezes com sintomas respiratórios e gastrointestinais, mas também não é o clássico”, explicou. Conforme Oliveira, não há registros na regional de saúde de pacientes diagnosticados com as duas doenças concomitantemente.

A FOLHA procurou o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado para comentar sobre a gravidade e a condução dos casos de Dengue em meio a pandemia de Covid-19. Ele disse que a pasta definiu que o relatório sobre a arbovirose é apresentados às quintas-feiras. (Com a colaboração de Pedro Moraes)

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