A brincadeira de criança garantiu a Gustavo Morita o primeiro lugar na categoria Tempo de Voo da primeira seletiva brasileira do maior Campeonato Mundial de Aviãozinho de Papel. A competição, promovida pela Red Bull e respaldada pela Paper Aircraft Association, aconteceu em Londrina na última terça-feira (8) e contou com a presença de mais de 200 pessoas e uma torcida animada que agitou as arquibancadas.
Imagem ilustrativa da imagem Campeonato Mundial de Aviãozinho de Papel agita universitários de Londrina
| Foto: Lucas Barbieri/Divulgação
Em sua sexta edição, o Red Bull Paper Wings desafia universitários de mais de 60 nações em três categorias: Maior Tempo de Voo, Maior Distância e Acrobacias, sendo a última 100% online e via TikTok. Na primeira fase, os participantes serão separados em 20 qualificatórias realizadas em 18 cidades do Brasil. Os oito melhores no ranking geral das duas primeiras categorias irão para a etapa nacional, que será disputada em abril. Essa disputa irá garantir três vagas para a grande decisão mundial, que será realizada no Hangar-7, na Áustria.
“NÃO ESPERAVA GANHAR. FOI UMA SURPRESA!”
A competição inusitada chamou a atenção de Isaac Queiroz, que ficou sabendo do evento através de um amigo, estudante de Medicina da Universidade Estadual de Londrina (UEL). O ex-aluno de veterinária fez a sua inscrição online e não tinha grandes expectativas para a disputa: ele confeccionou o aviãozinho minutos antes da pista de pouso e decolagem ser liberada para os participantes. O que Queiroz não esperava é que seu avião alçasse um voo de 36,5 metros, percorrendo, de ponta a ponta, toda a quadra de esportes. A decolagem arrancou gritos da torcida que acompanhava atenta cada competidor que lançava o seu aviãozinho no ar.
O voo perfeito garantiu a Queiroz o primeiro lugar na categoria Maior Distância. De acordo com o ganhador, a última vez que ele fez um aviãozinho de papel foi no 9º ano da escola. “Quando eu era criança eu brincava às vezes, mas hoje foi ao acaso mesmo. Não esperava ganhar, nem um pouco. Foi uma surpresa!”, afirmou.
Já Gustavo Morita conhece diversas técnicas de dobraduras e segredos para que o avião plaine no ar por mais tempo. Estudante de Ciência Aeronáutica na Unopar, Morita tem gosto pela brincadeira desde pequeno. “Eu faço aviãozinho desde criança. Também vejo vídeo na internet, no YouTube e comecei a gostar bastante”, explica. Vencedor da categoria Maior Tempo de Voo na competição de Londrina, o avião de Morita ficou exatos 6,21 segundos no ar.
DIVERSÃO
A imaginação e criatividade foram os combustíveis para os aviãozinhos da maioria dos participantes da competição. Com um total de 146 inscritos, a disputa contou com a presença de diferentes atléticas de universidades de Londrina, que animaram a torcida com muita música e batuque. Estudante do primeiro ano de medicina da UEL, Gabriela Gonçalves marcou presença na competição influenciada pelos seus colegas e veteranos. “Eu não pesquisei nada antes de vir, estou treinando agora! Eu não tinha o costume de fazer e brincar com aviãozinho, não sei de nada, é a primeira vez. Meus colegas falaram que alguém tinha que participar, daí eu pensei ‘sou caloura, tenho que ir mesmo’”, explicou.
Também em busca de diversão e acompanhada pela atlética de Direito UEL, Ana Luiza Camizares aproveitou para fazer seu avião nas arquibancadas do ginásio com os amigos do curso e relembrar os tempos de escola. “Quando eu era criança eu fazia na sala de aula para deixar os professores doidos (risos). Eu falei para os meus amigos que isso aqui é o sonho de todo estudante do fundamental, de poder fazer um aviãozinho e ter uma competição disso. E o pessoal aqui está fazendo uns aviões bons, vai ser uma competição acirrada!”, antecipou Camizares.
Já os amigos Mateus Sugeta e Jonata Pires pesquisaram informações e diferentes vídeos na Internet assim que ficaram sabendo da competição. “Foi por tutorial no YouTube. Eu até fui atrás de vídeos de gringos, em espanhol e inglês, daí eu achei o modelo mais bonito para o tempo de voo e que planava bem. Vamos ver se vai dar certo aqui.”, explicou Sugeta.
Quem pareceu não se animar muito com a ideia, foi a chefe de trabalho de Pires. “Eu fiz alguns aviãozinhos e trenei no serviço, mas acabei acertando sem querer a minha chefe. Ainda bem que não fui demitido!”, brincou o jovem.
FINALISTAS NA ÁUSTRIA
A sexta edição do Campeonato Mundial de Aviões de Papel conta com a participação de mais de 60 países e 405 qualificatórias pelo mundo todo. No Brasil, as seletivas vão passar por 18 cidades, sendo Londrina a primeira parada da competição.
A novidade para os tempos de redes sociais fica por conta da categoria Acrobacia, na qual o participante precisa gravar um vídeo e mostrar as suas habilidades, lançando um aviãozinho com originalidade e criatividade. A plataforma escolhida é a rede social da vez, o TioTok. Os competidores devem postar em seu perfil aberto, marcar a @redbull e adicionar as #Brasil e #redbullpaperwings. Os jurados irão avaliar a performance do voo e criatividade para definir o ganhador.
A final, que será realizada na Áustria, irá reunir os melhores competidores de cada país participante. Enquanto o resultado não sai, Isaac Queiroz pretende levar tudo na esportiva. “Eu nunca presenciei nada assim, é a primeira vez. Vamos ver! Eu vou levar na brincadeira, na esportiva, porque eu acho que é isso que importa e quem sabe ir para a final. Ia ser maravilhoso, ia ser legal demais!”, afirmou.
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