Brasília - O Ministério da Saúde anunciou nesta quinta-feira (27) que começará uma campanha nacional de vacinação contra a Covid-19 em 27 de fevereiro. O governo federal ainda fará campanha publicitária para aumentar a confiança da população na vacinação.

Na primeira fase, o plano é reforçar a vacinação da Covid com doses de imunizante do tipo bivalente da Pfizer para grupos prioritários. Esse modelo é uma atualização do imunizante que utiliza as cepas originais do Sars-CoV-2 e da variante ômicron BA.1.

O governo também quer aumentar a cobertura vacinal de outros grupos, a partir de 12 anos, com doses monovalentes.

A vacinação do grupo prioritário com dose bivalente será dividida em quatro fases. Na primeira fase, serão imunizados os grupos de pessoas com 70 anos ou mais, que vivem em instituições de longa permanência, comunidades indígenas, ribeirinhas e quilombolas. Depois, pessoas de 60 a 69 anos. Em seguida, gestantes e puérperas. Na última fase da primeira etapa, profissionais de saúde. A meta é vacinar 90% do público-alvo.

A ideia é fazer o reforço com a dose bivalente para quem recebeu pelo menos duas aplicações da vacina monovalente.

O governo também quer reforçar a imunização de crianças. A partir de fevereiro devem ser distribuídas 8,5 milhões de doses da Pfizer para 6 meses a 4 anos, e 9,5 milhões para o grupo de 5 a 11 anos.

A Saúde também comprou 2,6 milhões de doses da Coronavac, que pode ser usada em crianças. Esse era todo o estoque do Instituto Butantan.

Diretor do Departamento de Imunização e Doenças Imunopreveníveis do Ministério da Saúde, o médico Eder Gatti disse que o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encontrou estoques zerados de vacinas para crianças. Afirmou ainda que 370 mil doses da AstraZeneca foram incineradas em dezembro.

Ele disse que é preciso retomar a confiança da população nas vacinas, e que houve "comportamento negacionista" de autoridades nos últimos anos.

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