Riversul, SP, 02 (AE) - A Câmara de Riversul, a 340 quilômetros ao sudoeste de São Paulo, aprovou ontem (1), por 9 votos a 3, o afastamento do prefeito Carlos César Diniz (PSDB), acusado de praticar irregularidades administrativas. A Câmara acatou denúncia formulada pelo munícipe José Aparecido Gomes, que acusa o prefeito de ter desviado mais de mil sacas de cimento que seriam usadas na construção de uma creche.
Outras denúncias são de cobrança ilegal no transporte de alunos, pagamento de despesas sem obedecer à ordem cronológica e desvio de verbas públicas. Segundo Gomes, as verbas arrecadadas numa gincana promovida pela prefeitura teriam sido usadas para custear uma festa de aniversário do prefeito.
Segundo o vereador Paulo José Colusso (PFL), o afastamento do prefeito pelo prazo de 90 dias está previsto na Lei Orgânica do Município. A Comissão Especial de Inquérito (CEI), constituída por três vereadores, tem 60 dias de prazo para formalizar o processo de cassação. O prefeito não foi encontrado hoje.
Colusso informou que ele saiu da cidade para não receber a notificação e dar tempo a seu advogado para tentar revogar o afastamento. De acordo com o vereador, se o prefeito se mantiver ausente por mais de cinco dias, será dada posse ao vice Luís Flávio de Almeida (PFL). Familiares do prefeito informaram que ele estava viajando hoje, mas constituíra advogado para entrar na justiça contra o afastamento, sob a alegação de que a medida aprovada pela Câmara não tem respaldo legal.