Calouros festejam aprovação no vestibular da UEL

Reunidos em frente ao Cine Teatro Ouro Verde, no final da manhã desta terça-feira (16), uma multidão aguardava ansiosa pela edição especial da Folha de Londrina com o nome dos aprovados no Vestibular 2024 da UEL (Universidade Estadual de Londrina). Naquelas páginas estavam os sonhos, planos e incontáveis horas de estudos de muitos jovens e adultos que prestaram as provas. A tradicional Vestibafest, evento realizado pela FOLHA em parceria com a UEL, começou às 11 horas.

Enquanto os candidatos esperavam pelo anúncio do resultado, os veteranos erguiam cartazes à procura de seus novos calouros para a primeira conversa. A contagem regressiva, instantes antes das 12 horas, indicava que o grande momento estava chegando.

Às 12h em ponto, o jornal foi liberado e um misto de alegria, choro e comemoração pode ser visto. Para quem viu o nome na lista de aprovados, era difícil conter a emoção. Mesmo com as tintas - das mais diversas cores -, a farinha e os ovos, o que os calouros queriam mesmo era comemorar a aprovação e todo o esforço investido.

A alegria de ver o nome na lista

Há quatro anos buscando a aprovação no curso de medicina da UEL, o grande dia chegou para Ana Lívia Nani Faria, 21. Ela conta que estava muito nervosa durante a espera pelo resultado, mas que quando viu o nome na lista o alívio chegou: “É a melhor coisa do mundo”. Há muito tempo sonhando cursar medicina, ela admite que é difícil conseguir uma vaga no curso, já que a concorrência é sempre muito alta. “A motivação [para continuar prestando o vestibular] era me ver formada na profissão que eu sempre quis. Eu quero ajudar as pessoas e era isso que eu tinha em mente quando estava estudando”, explica, detalhando que dedicava cerca de 10 horas por dia aos estudos. “Valeu muito a pena. Eu faria tudo de novo”, afirma.

Comemorando a conquista da filha, Elisangela Nani, 44, afirma que o sentimento é de vitória e de dever cumprido, sabendo o quanto a filha se esforçou para alcançar o resultado positivo. “E hoje toda a família comemora. Eu estou muito feliz”, admite.

Aprovado em ciência da computação, Pedro Goes, 17, conta que a ficha ainda não caiu e que ainda não consegue acreditar que vai para a UEL. Sobre o curso, ele afirma que descobriu o gosto pela ciência da computação nos últimos anos, o que o motivou a seguir na profissão. “É muita emoção”, afirma, admitindo que está nervoso para cortar o cabelo, que deixou crescer por três anos, uma tradição entre os amigos ao passar no vestibular.

Para a confeiteira Celeide Goes Assis, 51, mãe de Pedro, é uma alegria sem tamanho ver o filho ser aprovado. Muito emocionada, ela admite que é um sentimento indescritível saber que o filho vai entrar na universidade. Segundo ela, o jovem prestou outros vestibulares fora de Londrina, mas que o coração queria que ele ficasse na UEL: “Deu tudo certo e a família comemora agora”.

Com o sonho de ser professor universitário, Bruno Chagas, 18, conquistou a tão almejada aprovação no curso de matemática. Ele admite que estava muito ansioso, mas que não achava que iria ser aprovado. “Foi a melhor sensação, eu não sei nem explicar”, confessa. Com um grande sorriso, ele relata que o sentimento ao ver o nome na lista foi de paz. Tendo que conciliar a rotina de estudos para o vestibular com as aulas no colégio e o trabalho, o rapaz admite que agora vai aproveitar o restinho das férias e se preparar para o início das aulas na UEL, no dia 17 de junho.

Quase sem conseguir falar por conta da emoção, Kaila Nassar, 18, aprovada no curso de pedagogia, admite que ver o nome na lista é uma mistura de sentimentos, que vai da alegria ao medo pelo novo desafio que começa pela frente. “A angústia saiu, mas eu ainda estou tremendo”, admite, complementando que a rotina de estudos foi pesada, mas que tudo valeu a pena ao ver o resultado positivo.

RECEPÇÃO CALOROSA DOS VETERANOS

Tão ansiosos quantos os calouros, os veteranos compareceram em peso no Calçadão de Londrina para recepcionar os novos colegas de curso. No primeiro ano de pedagogia, Maycon Nogueira, 18, explica que o momento é de comemoração, mas que eles já querem quebrar o estigma de que o curso é voltado apenas para as crianças. “Essa questão de o curso ser muito infantilizado pesa muito, então a gente pensa em já destruir esse paradigma que a sociedade criou e trazer essa nova visão sobre a pedagogia”, ressalta. Sobre a recepção dos calouros, ele garante que é importante para que os novos estudantes saibam que os veteranos estão ali para apoiá-los, assim como uma família.

A estudante de enfermagem Ariane Rodrigues, 23, explica que a divulgação do resultado do vestibular é o momento de fazer uma “baguncinha boa”, com muita tinta, farinha e ovo. Segundo ela, esse primeiro contato é uma forma de os calouros criarem um vínculo com os veteranos. “A gente já vai ter os contatos, então se eles tiverem alguma dúvida, já sabem quem procurar. Foi muito importante para mim, assim como deve ser para eles”, ressalta, complementando que na primeira semana de aulas eles também realizam uma nova recepção, em que cada veterano “adota” um calouro para acompanhar ao longo do curso.

Também no primeiro ano, Bianca Pacheco, 20, é veterana de fisioterapia e explica que o curso se mobilizou para comparecer em peso no momento da divulgação dos aprovados. “A gente já passou por isso, então a gente quer recepcionar os calouros da melhor forma possível, da forma mais calorosa e carinhosa porque a gente sabe como esse momento é importante”, explica, completando que ela e os colegas estão fazendo postagens no Instagram da turma com informações sobre a universidade e sobre o curso para tirar algumas dúvidas iniciais dos calouros. “Tem informações sobre onde a gente tem aula porque muita gente pensa que o HU [Hospital Universitário] é do lado da UEL, mas não é, então a gente coloca as linhas de ônibus. A gente está fazendo todo um mapa para ajudar ao máximo”, finaliza.

Emoção nas páginas do jornal

Nicolás Mejía, superintendente do Grupo Folha de Londrina, comemorou mais um ano do Vestibafest, sendo esta a 15° edição. Segundo ele, é uma honra e uma felicidade poder comemorar junto com os calouros a aprovação no vestibular da UEL. Agradecendo a todos os colaboradores e apoiadores que ajudaram a fazer o evento acontecer, ele afirmou que é o momento de os aprovados comemorarem, mas desejou força para quem ainda não teve o nome na lista.

Mejía também destaca a emoção de ver os jovens aguardando ansiosos para pegarem uma edição do jornal impresso. “Mesmo em um mundo digital, a relação que o jornal, que o papel impresso tem dentro da vida é muito importante e isso vai ser uma recordação que eles vão levar para a vida inteira. Mesmo com todas as tecnologias, é um momento muito especial e eu fico muito feliz que a FOLHA possa continuar contribuindo e dando esse presente para a população”, afirma.

Este ano, a Vestibafest teve parceria da ACIL (Associação Comercial e Industrial de Londrina) e da CMTU (Companhia Municipal de Urbanização) e apoio do Marista, Positivo e Prime.

Orgulho em ser UEL

Reitor em exercício, Airton Petris destacou a importância do momento do anúncio dos aprovados no vestibular: “a universidade se sente muito orgulhosa de receber os novos alunos. Nós sabemos o trabalho que a gente faz e a preocupação que a gente tem em formar cidadania, da preocupação que a gente tem de manter o nível técnico muito elevado, e a UEL tem respondido a isso”.

Segundo ele, cada divulgação de resultado de vestibular é uma renovação para a universidade. Neste ano, foram 2.342 novos alunos chamados na primeira convocação. “E é uma felicidade muito grande porque sabemos da importância que a gente tem para o mercado de trabalho em Londrina e de tudo que a gente pode fazer enquanto universidade”, ressalta, complementando que a UEL está de braços abertos para todos os alunos.

“Eu sou aluno da UEL, de turmas antigas, e eu sei o que significa entrar numa universidade igual a UEL e a transformação que ela faz na vida da gente, então como eu não vou me orgulhar ou me sentir muito feliz e emocionado quando vejo os resultados [das aprovações no vestibular]?”, finaliza.