Brasília, 06 (AE) - As cadernetas de poupança voltaram a registrar, em março, captação líquida negativa. Segundo dados divulgados hoje pelo Banco Central, a diferença entre depósitos e saques, já acrescida dos rendimentos creditados às contas, resultou em um saque líquido de R$ 613,845 milhões.
Em fevereiro, a poupança também havia apresentado captação negativa: R$ 735,482 milhões. O saldo das aplicações na poupança no mês de março também voltou a cair. O saldo em janeiro, que havia aumentado pela captação líquida positiva daquele mês de R$ 1,29 bilhão, alcançando R$ 112,02 bilhões, caiu em fevereiro para R$ 111,29 bilhões e agora em março para R$ 110,67 bilhões. O total de depósitos em março chegou a R$ 36 435 bilhões e de saques a R$ 37,749 bilhões.
Se o Banco Central não tivesse mudado a forma de apuração da captação líquida, a perda da poupança em março teria sido ainda maior. Pela metodologia anterior, que levava em conta apenas a diferença entre saques e depósitos sem considerar os rendimentos creditados, a captação líquida da poupança em março teria sido negativa em R$ 1,314 bilhão.
Os rendimentos creditados em março totalizaram R$ 700,4 milhões. A poupança rural apresentou uma captação líquida negativa de R$ 6,18 milhões em março. As cadernetas de poupança vem perdendo recursos principalmente, para os fundos de investimentos, que têm rendimento diário desde o ano passado e se tornaram mais atrativos.