A cadeia pública de Cornélio Procópio, no Norte Pioneiro, foi escolhida após reuniões entre as secretarias estaduais de Saúde e Segurança Pública para abrigar presos infectados com o coronavírus. A área atendida contempla os 21 municípios da 18ª Regional de Saúde. Conforme o acordo, quando detentos de qualquer presídio dessas cidades testam positivo para a Covid-19, automaticamente são transferidos, onde são submetidos a uma espécie de quarentena.

Imagem ilustrativa da imagem Cadeia de Cornélio Procópio é adaptada para receber presos com Covid-19
| Foto: Prefeitura de Cornélio Procópio

De acordo com o diretor de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde de Cornélio, Yago Pereira, a carceragem foi escolhida porque é a maior da região. "É a única que possui condições em ter uma cela específica para os casos positivos. Temos uma equipe médica de prontidão. Quando somos acionados, encaminhamos os pacientes para uma unidade básica ou hospital para o tratamento adequado. Caso dê negativo e essa pessoa não tenha sintomas, ela pode voltar às atividades normais da prisão em até 72 horas. Se der positivo, todos são testados para sabermos quem foi contaminado", explicou.

Se o quadro de saúde piorar e eles necessitarem de internação, o protocolo da Sesa (Secretaria Estadual de Saúde) é transferi-los para Londrina. Na semana passada, 14 detentos de Cambará com Covid-19 foram encaminhados para Cornélio Procópio. Desses, cinco apresentaram sintomas leves na última segunda-feira (14). "Estamos monitorando essas situações todos os dias. Eles estão na cela separada cumprindo a quarentena. Assim que esse período terminar, o grupo volta para a cidade de origem", explicou.

Para evitar a contaminação em massa, a unidade especial fica distante das demais da cadeia. O Estado forneceu equipamentos de proteção individual (EPIs) aos policiais penais do Depen (Departamento Penitenciário do Paraná) e civis. O diretor da Vigilância comentou que nenhum profissional da categoria contraiu a Covid-19.

No começo de setembro, quatro presos que já estavam em Cornélio fizeram testes rápidos, que confirmaram a doença. Porém, em um exame mais elaborado, o chamado PCR, o vírus não foi mais detectado.