SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Com 261 novas mortes pela Covid-19, o Brasil chegou a 172.848 óbitos pela doença. Também foram registrados 23.496 novos casos, elevando para 6.313.656 as infecções pelo novo coronavírus desde o início da pandemia.

Além dos dados diários do consórcio, a Folha também mostra a chamada média móvel. O recurso estatístico busca dar uma visão melhor da evolução da doença, pois atenua números isolados que fujam do padrão. A média móvel é calculada somando o resultado dos últimos sete dias, dividindo por sete.

De acordo com os dados coletados até as 20h deste domingo (29), a média de mortes nos últimos sete dias é de 522, o que representa um cenário de estabilidade de mortes em relação à média de 14 dias atrás. Nas últimas semanas, o país variou entre situações de queda da média, chegando a uma estabilidade posterior e, recentemente, passando a apresentar crescimentos.

A média recente, porém, foi afetada por um apagão de informações de alguns estados. De toda forma, dados do país e especialistas que os acompanham têm apontado tendências de aumento de casos de Covid-19, o que normalmente precede o crescimento das mortes pela doença.

Em geral, um número menor de casos e mortes é esperado aos domingo e segundas-feiras por haver menos equipes nos laboratórios aos finais de semana.

Os dados são fruto de colaboração inédita entre Folha de S.Paulo, UOL, O Estado de S. Paulo, Extra, O Globo e G1 para reunir e divulgar os números relativos à pandemia do novo coronavírus. As informações são coletadas diretamente com as Secretarias de Saúde estaduais.

CENÁRIO GLOBAL

O Brasil tem uma taxa de 82,4 mortos por 100 mil habitantes. Os Estados Unidos, que têm o maior número absoluto de mortos (265.938), e o Reino Unido (58.127), ambos à frente do Brasil na pandemia (ou seja, começaram a sofrer com o problema antes), têm 81,4 e 87,5 mortos para cada 100 mil habitantes, respectivamente.

O Brasil havia ultrapassado a taxa da Itália de mortes por 100 mil habitantes (90), país com 54.363 óbitos pela doença. Contudo, com a segunda onda que assola a Europa, a Itália voltou a passar o Brasil.

O México, que ultrapassou o Reino Unido em número de mortos e já contabiliza 104.242 óbitos, tem 82,6 mortes para cada 100 mil habitantes.

Na América do Sul, chama a atenção também o número de mortos por 100 mil habitantes do Peru: 112. O país tem 35.839 óbitos pela Covid-19.

A Índia é o terceiro país, atrás apenas de EUA e Brasil, com maior número de mortes pela Covid-19, com 136.200 óbitos. Lá, devido ao tamanho da população, a taxa proporcional é de 10,1 óbitos por 100 mil habitantes.

Na Argentina, onde a pandemia desembarcou nove dias mais tarde que no Brasil e que seguiu uma quarentena rígida de início, o índice é de 85,9 mortes por 100 mil habitantes (38.216 óbitos).

A iniciativa do consórcio de veículos de imprensa ocorre em resposta às atitudes do governo Jair Bolsonaro (sem partido), que ameaçou sonegar dados, atrasou boletins sobre a doença e tirou informações do ar, com a interrupção da divulgação dos totais de casos e mortes. Além disso, o governo divulgou dados conflitantes.