Brasil inicia em Londres projeto de apoio ao exportador
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quarta-feira, 12 de janeiro de 2000
Por João Caminoto
Londres, 12 (AE) - O embaixador do Brasil no Reino Unido, Sergio Amaral, anunciou hoje (12) em Londres a implantação do Projeto de Apoio ao Exportador, uma tentativa do governo brasileiro de incentivar as exportações de médios e pequenos empresários.
A experiência vai começar na embaixada em Londres e os esforços serão concentrados em quatro áreas: indústria moveleira
calçadista, têxtil e produtores de frutas.
A embaixada em Londres terá uma sala e funcionários dedicados ao projeto piloto, que poderá ser ampliado para outras embaixadas brasileiras caso obtenha resultados positivos.
O Projeto de Apoio ao Exportador tentará abrir canais de distribuição dos produtos brasileiros, organizar missões empresariais e promover parcerias entre empresas brasileiras e britânicas.
Além de aprofundar análises de mercado, serão contratados consultores por produto que elaborarão uma estratégia de apoio ao exportador brasileiro.
Serão também promovidas campanhas publicitárias focalizadas. "As pequenas e médias empresas, mais do que as grandes, precisam do apoio do governo para penetrar em novos mercados. Vamos fornecer os instrumentos para que isso aconteça", disse Amaral à Agência Estado.
O projeto tem o apoio do Departamento de Comércio e Indústria e do Ministério da Agricultura do Reino Unido. A primeira etapa do projeto se concentrará na indústria moveleira.
A embaixada contratou um consultor britânico especializado em móveis, Colin Aitkenhead, que está no Brasil fazendo uma uma radiografia do potencial de exportação do setor e mantendo contatos com empresários dos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
No fim deste mês, empresários do setor moveleiro participarão no Reino Unido de uma feira. Outros planos anunciados por Amaral para este ano incluem a criação de um centro de turismo na embaixada (apenas 60 000 britânicos visitam o Brasil anualmente) e seminários sobre os setores de transportes, energético e de serviço financeiro, além de várias atividades culturais.