Biblioteca Pública deve reabrir no começo de março, diz diretora
O local, que reúne um acervo com mais de 100 mil livros, está sem circulação de pessoas desde setembro de 2022
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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023
O local, que reúne um acervo com mais de 100 mil livros, está sem circulação de pessoas desde setembro de 2022
Douglas Kuspiosz - Especial para a FOLHA

Um dos principais equipamentos culturais de Londrina, a Biblioteca Pública Municipal Professor Pedro Viriato Parigot de Souza deve ser reaberta no começo do mês de março. O local, que reúne um acervo com mais de 100 mil livros, está sem circulação de pessoas desde setembro de 2022, quando a reforma integral dos pisos inferior e superior foi iniciada.
Neste momento, a obra de restauração do piso de taco está pronta e a entrega dos mobiliários já foi concluída; o que falta para a reabertura total é a organização das obras e a sinalização do acervo.
Um evento cultural está sendo planejado para marcar a reinauguração do tradicional espaço, que registra circulação diária de 500 pessoas. A data oficial ainda será confirmada pela administração.

“A biblioteca é um local de produção cultural, de fruição cultural, de democratizar o acesso à informação, à leitura, à cultura como um todo. A gente quer ter uma ação, um evento”, diz a diretora de Bibliotecas Públicas de Londrina, Leda Maria Araújo. Também serão entregues as salas indígena e afro.
“Está demorando, mas é um serviço de qualidade para a população. É chegar aqui e não encontrar aquele espaço remendado, igual era antes. É encontrar uma biblioteca bonita, acolhedora”, diz.
A reforma contou com recursos suplementados pela Secretaria de Planejamento, Orçamento e Tecnologia para a pasta de Cultura. No total, foram investidos R$ 150 mil, sendo cerca de R$ 100 mil para a revitalização do piso e o restante para a aquisição de móveis.
A empresa responsável removeu o rejunte e cera antigos, poliu o piso e fez aplicação de verniz antichama. A bibliotecária lembra que o prédio é tombado, e portanto não pode ser descaracterizado.
A demora para a reabertura se dá pelo próprio processo da reforma, que foi até a primeira semana de janeiro. A aplicação de cada camada de verniz, por exemplo, precisa de um intervalo de cerca de dez dias, que é um período de maturação. Além disso, outro fator foi a realização das eleições, já que a biblioteca é ponto de votação.
“Eles fizeram o andar de cima primeiro e, só depois que saiu o resultado do segundo turno das eleições, em novembro, que eles fizeram aqui embaixo. E aí foi mais um mês também”, pontuando que os móveis planejados foram entregues e montados em dezembro.
Além da mobília administrativa, foi realizada a troca das estantes dos livros. Cerca de 300 estantes foram doadas pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho), sendo que 200 ficaram na biblioteca central e o restante foi distribuído para padronização de outras unidades. O transporte contou com um caminhão da Secretaria de Obras e o trabalho da própria equipe de servidores da biblioteca. Caso fossem compradas, cada unidade custaria de R$ 300 a R$ 400, acredita Leda.
PROJETOS
Mesmo com praticamente cinco meses de restrição na circulação de pessoas, Leda não acredita que houve prejuízo aos leitores. Ela explica que, para os interessados em literatura, algumas obras foram deixadas na Biblioteca Infantil. No caso de pesquisadores, as solicitações foram atendidas e obras reservadas.
No entanto, a diretora reconhece que houve a perda - ainda que temporária - de um espaço de encontro. “Os senhores vêm fazer leitura de jornais e ficam conversando”, exemplifica.
Outras ações mantidas pela administração foram o projeto Literatura na Biblioteca, que apresenta as obras literárias do vestibular da UEL (Universidade Estadual de Londrina), e palestras. “Em nenhum momento deixamos de realizar nenhum projeto”.
E, mesmo agora, em fevereiro, é possível fazer o empréstimo de obras. Leda explica que, desde que o livro já esteja na prateleira, o leitor pode ir ao local e fazer a solicitação para a equipe. “A gente não está aberto ‘escancarado’, mas quem vier aqui, nós não deixamos de atender”.
ZONA NORTE
A diretora de Bibliotecas Públicas de Londrina, Leda Maria Araújo, afirmou à FOLHA que, concluída a reforma da Biblioteca Pública Municipal, o objetivo é fazer melhorias na unidade da região Norte, no Centro Cultural.
De acordo com a bibliotecária, a Biblioteca Ramal Lupércio Luppi tem sofrido com infiltrações. A princípio, as melhorias incluem a troca do telhado e a pintura interna e externa do local.
Os recursos, assim como foi com a unidade central, virão da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Tecnologia. “Já conversamos com o Marcelo Canhada [titular da pasta], ele já liberou o orçamento para a gente fazer essa reforma lá na zona norte”, diz.
A diretora cita, ainda, que já foram feitas reformas na biblioteca da Vila Nova, em 2017, além da inauguração da Biblioteca Municipal Eugênia Monfranati, na zona sul, em 2018.


