Brasília, 31 (AE) - O presidente e líder do PMDB, Jader Barbalho (PMDB), respondeu hoje às críticas que recebeu do presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), chamando-o de "desequilibrado, demagogo e mentiroso". Jader diz na nota que sempre trabalhou, ao contrário do que afirmara ACM no dia anterior, no encontro com sindicalistas. "Só não fui corretor da OAS nem sócio do Gilberto Miranda", acrescentou, referindo-se às acusações contra ACM feitas pela ex-primeira-dama de São Paulo Nicéa Pitta.
Na quarta-feira, ACM subiu à tribuna para responder às críticas de Nicéa. No pronunciamento acabou falando também sobre o salário mínimo, sendo aparteado por Barbalho, que defendeu a posição do governo de um salário de R$ 151. No encontro com os sindicalistas, ontem (30), ACM afirmou que a posição de Jader "é a de quem não sabe o que é trabalhar para ganhar dinheiro".
Ainda sugeriu que ele passasse dois meses com um salário de R$ 151. Na nota de sete linhas, o líder do PMDB afirma que compreende "o desequilíbrio de Antonio Carlos, ao ser flagrado em demagogia". "Afinal, as afirmações do seu ministro, senador do PFL da Bahia, dizem que a Previdência quebra com salário mínimo acima de R$ 151". Para Jader, "alguém está mentindo nessa farsa toda: o Antonio Carlos ou o Ornélas", frisou. "E aí está o seu drama."
Em São Paulo, ACM não respondeu aos telefonemas da reportagem.