Brasília, 29 (AE) - Em resposta ao discurso do presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), o presidente do PMDB e líder deste partido na Casa, Jader Barbalho (PMDB-PA), disse que a declaração "que mais tocou" os parlamentares na reunião de líderes partidários governistas, quinta-feira passada, com o presidente Fernando Henrique Cardoso, no Palácio do Planalto - quando definiram o valor de R$ 151,00 para o salário mínimo - foi o discurso do ministro da Previdência, Waldeck Ornélas. Barbalho lembrou que Ornélas afirmou, na ocasião, que cada R$ 5 00 de aumento que fossem dados ao mínimo significaria um déficit de R$ 1 bilhão na Previdência Social e que por isso os peemedebistas concordaram com o valor de R$ 151,00. Recordando também que o ministro da Previdência é um senador da República, um político da Bahia e integrante do grupo político do senador Antonio Carlos, Jader Barbalho desafiou o presidente do Senado a manter a proposta do PFL de um salário mínimo de R$ 177,00 contanto que o ministro Ornélas compareça à comissão mista do Congresso que discute a medida provisória do mínimo e diga que esse valor não vai quebrar a Previdência Social.
Na réplica, ACM disse que Jáder estava tentando incompatibilizar o ministro da Previdência, Waldeck Ornélas, com o Palácio do Planalto. Magalhães acrescentou que não se importava que Barbalho estivesse querendo criar atritos. "Estou com as minhas teses, a minha consciência, o meu partido", afirmou. Disse também que ninguém põe em dúvida sua integridade moral.