Santos, SP, 30 (AE) - As chuvas que transformaram janeiro no mês mais chuvoso dos últimos 15 anos e as dificuldades de acesso ao litoral, evidenciadas pelo fechamento da pista sul da Via Anchieta em razão da queda de barreiras, atrapalharam a vinda de turistas para a Baixada Santista, mas não o suficiente para acabar com a temporada que, no balanço geral, foi até boa, de acordo com hoteleiros e comerciantes.
A ocupação média dos hotéis do Grupo Mendes (Parque Balneário, Mendes Plaza e Panorama) esteve em torno de 80%, índice considerado positivo, levando-se em conta os problemas enfrentados para a descida da serra e as chuvas registradas nas duas primeiras semanas do mês, conforme avalia o gerente de Alimentos e Bebidas, José Carlos Martins Faria.
Ele afirma que a maior parte dos visitantes veio do Interior do Estado, especialmente das cidades de Ribeirão Preto, Araraquara, Bauru e Atibaia. As mudanças no câmbio começam a atrair de novo os turistas argentinos, mas ainda de forma bastante tímida.
"A nossa expectativa agora é de um Carnaval gordo, porque quase todos os hóspedes que visitaram a cidade nesta temporada prometeram retornar no início de março", informa. As três unidades do grupo, que somam 328 apartamentos, voltam agora à rotina do turismo ligado a negócios e congressos, mais voltado às áreas médica e da indústria farmacêutica.
"É importante destacar que a imagem da cidade melhorou muito nos últimos anos, desvinculando-se do porto e firmando-se mais na área esportiva, porque todo o tipo de esporte é praticado aqui, de asa-delta a motocross", argumenta, lembrando que Santos não se resume apenas à orla, porque tem vida própria, com muitos atrativos além das praias.
O balanço do verão em Guarujá também foi positivo. A gerente do Restaurante Tahiti, na Praia das Pitangueiras, destaca que, felizmente, a segunda quinzena de janeiro salvou a temporada. "Não foi tudo aquilo que esperávamos, mas deu para trabalharmos bem, sobretudo com a chegada dos argentinos, que começam a retornar à cidade, graças a Deus", diz Jandira Oliveira. A mesma opinião tem Margareth Bonfim, do Gávea Hotel, no Morro do Maluf. Ela informa que o índice de ocupação dos 68 apartamentos esteve em torno de 80 a 90%, apesar de todos os problemas observados nesta temporada.