Duas aeronaves foram acionadas para reforçar o combate a incêndios florestais em Ponta Grossa na tarde de segunda-feira (30). O primeiro acionamento foi feito pelo Corpo de Bombeiros Militar do Paraná (CBMPR) por volta das 14h para conter as chamas numa área de mata às margens da BR-376, perto do autódromo da cidade. As chamas consumiram uma área de 103 hectares de mata nativa.

De acordo o comandante do Grupamento do Corpo de Bombeiros de Ponta Grossa, tenente-coronel Rafael Lorenzetto, foram necessários 12 lançamentos de água feitos por duas aeronaves até controlar o incêndio. “O local oferecia um alto risco pela proximidade com a fiação elétrica, que são obstáculos para o avião, mas conseguimos extinguir algumas frentes de fogo com estes lançamentos”, completou.

“Assim pudemos concentrar a ação em solo em poucos locais, nesses pontos atuamos com sucesso com a ajuda dos abafadores e mochilas costais, a ação sincronizada com os aviões foi muito produtiva”, disse o comandante.

O segundo acionamento foi realizado às 16h20 para conter as chamas que tiveram início numa plantação de aveia e se alastraram para uma área de reflorestamento no norte do município, propriedade de uma empresa privada. O vento forte e a mata densa dificultaram o trabalho dos bombeiros que conseguiram extinguir o fogo com a ajuda da aeronave que despejou um grande volume de água no ponto mais forte das chamas.

O Aeroclube de Ponta Grossa é uma das empresas contratadas pelo Governo do Paraná para atender casos de incêndios florestais no Paraná. A localização da base destas aeronaves tem sido determinante no pronto-atendimento das ocorrências de maior proporção registradas nos últimos dias.

Até terça (1), o Corpo de Bombeiros contabilizou 12.248 incêndios florestais em todo o Estado. Diante da escalada de ocorrências dos últimos meses, o governo implantou uma força-tarefa com investimento de R$ 24 milhões na contratação de aviões, aquisição de equipamentos e treinamento de 600 brigadistas em 100 municípios que contêm ou estão localizados próximos a Unidades de Conservação (UCs). Desde o início de setembro, todo o estado do Paraná está em situação de emergência por causa da estiagem.(Agência Estadual de Notícias)