O avião de pequeno porte que caiu em uma região rural de Doutor Ulysses, na Região Metropolitana de Curitiba, nesta segunda-feira (18), não tinha permissão para voar. Segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), o monomotor estava com o certificado de aeronavegabilidade vencido desde o mês passado. O acidente deixou duas pessoas mortas.

A aeronave saiu de Siqueira Campos, no Norte Pioneiro, com destino a Cerro Azul, na Região Metropolitana de Curitiba, no domingo (17). De acordo com informações do 2° Grupamento do Corpo de Bombeiros de Jaguariaíva, que atendeu a ocorrência, a corporação recebeu uma solicitação de populares que avistaram um avião caído na zona rural de Doutor Ulysses, a cerca de 150 quilômetros do local de partida. O monomotor estava na Estrada Sete Quedas de Scheffer, em um local de difícil acesso, sendo necessário apoio aéreo para retirar os corpos das vítimas.

Segundo a Anac, o certificado de verificação de aeronavegabilidade da aeronave estava vencido desde o mês de agosto, o que poderia implicar na “suspensão de seu certificado de aeronavegabilidade”. O documento é de porte obrigatório e é o que comprova que a aeronave está em condições de operar com segurança e que cumpre com os regulamentos da aviação civil brasileira na data em que foi expedido.

Também de acordo com a agência, “não há nos registros recentes da Anac movimentações para a revalidação ou autorizações especiais de voo para a mesma”. Por conta disso, a aeronave não tinha permissão para realizar operações.

Em nota, a FAB (Força Aérea Brasileira) disse que a investigação está em andamento e que será concluída no “menor prazo possível”, o que pode variar conforme a complexidade da ocorrência e da necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes.