Aumentam pressões em Israel para renúncia de Weizman
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terça-feira, 04 de janeiro de 2000
Jerusalém, 04 (AE-AP) - Aumentaram hoje (04) as pressões para que o presidente israelense Ezer Weizman renuncie a seu cargo, em meio a novas acusações sobre a aceitação de dinheiro por parte de um magnata francês. O ex-primeiro ministro Shimon Peres
Prêmio Nobel da Paz, foi mencionado como seu possível substituto.
Weizman, político de enorme popularidade, foi acusado de receber secretamente US$ 430.000 do magnata têxtil francês Edouard Sarousi.
Nesta terça-feira, o ministro de Comunicações Binyamin Ben-Eliezer, que atuou como dirigente na facção Yahad do Partido Trabalhista, fundada por Weizman, disse que a doação de Sarousi foi destinada à criação da agremiação política no início da década anterior.
As declarações de Ben-Eliezer contradisseram comentários do advogado de Weizman, quem disse que o dinheiro era um presente não sujeito ao pagamento de impostos. O advogado acrescentou que o dinheiro era proveniente de um amigo de Weizman que não tinha interesses em Israel.
Membros do Partido Trabalhista, ao qual pertence Weizman, exigiram sua renúncia caso seja provada desonestidade em suas ações.
O jornal Haaretz informou hoje que o primeiro-ministro Ehud Barak respaldará Peres como candidato se Weizman abandonar o cargo.

