Jerusalém, 07 (AE-AP) - Aumentaram hoje (07) os pedidos para que Israel se retire unilateralmente do sul do Líbano, ao mesmo tempo em que o primeiro-ministro israelense, Ehud Barak, prometeu retaliações contra grupos guerrilheiros alojados na região.
Em discurso à ala jovem do Partido Trabalhista, Barak renovou hoje seu empenho para retirar as tropas israelenses da zona fronteiriça com o Líbano, mas não especificou se a retirada seria unilateral ou se faria parte de um acordo de paz com a Síria, que desempenha grande força na região.
O premiê falou um dia depois que um soldado israelense foi morto em uma emboscada do grupo guerrilheiro xiita Hezbollah no sul do Líbano, a quinta morte israelense em uma semana.
Também hoje, o gabinete de segurança de Barak reuniu-se durante várias horas para decidir a resposta de Israel. "Nós lutaremos e asseguraremos de que aqueles que nos atacam serão abatidos", disse Barak ao término da reunião. Ele também renovou sua promessa de retirar as forças israelenses do sul do Líbano até julho deste ano, mas não acrescentou "diante de um acordo com a Síria", seu mantra habitual quando fala sobre o assunto.
Também o ministro das Relações Exteriores israelense, David Levy, defendeu hoje a retirada das tropas de Israel do Sul do Líbano. "Um problema que ameaça nossos soldados, nossa segurança e nossas comunidades será negociado com ou sem qualquer conexão com o processo de paz", disse ele.
O líder do Partido Likud, de oposição, Ariel Sharan, considerado um linha-dura em questões de segurança, também conclamou o governo para que realize uma retirada imediata. "Não há razão para esperar até julho", disse Sharan, arquiteto da invasão israelense do Líbano em 1982, que abriu caminho para a existência da área e ocupação.