A Folha de Londrina está com um novo projeto voltado à auxiliar as instituições religiosas. Intitulado "Assinatura Solidária", a proposta prevê que 15% da renda obtida com assinaturas do jornal que vierem das comunidades religiosas parceiras voltem às instituições cadastradas no projeto. O valor revertido pode ser utilizado pelas instituições em projetos sociais desenvolvidos pelas pastorais ou em melhorias e reformas estruturais.

Sem custos para as instituições, os santuários Nossa Senhora Aparecida, na Vila Nova, e Santa Rita de Cássia, no Jardim Califórnia, são os primeiros parceiros.

Alexandre Felippe, gerente de Assinaturas da Folha de Londrina, explica que o projeto "Assinatura Solidária" foi criado há alguns meses com o objetivo de auxiliar as comunidades. Por meio de um link especial disponibilizado pelas igrejas, segundo ele, os fiéis vão poder assinar a versão impressa ou digital do jornal e, com isso, 15% do valor vai ser revertido para a instituição investir em projetos sociais e demais ações que são desenvolvidas. “A gente entende que as instituições religiosas já possuem um plano de ação em projetos sociais e o objetivo da Folha é fornecer essa ajuda, que é superior aos 10% do dízimo”, explica.

O Santuário Nossa Senhora Aparecida, na Vila Nova, explica que a renda do projeto ajudará a pastoral da Saúde
O Santuário Nossa Senhora Aparecida, na Vila Nova, explica que a renda do projeto ajudará a pastoral da Saúde | Foto: Gustavo Carneiro

De acordo com ele, as instituições vão comunicar os fiéis e enviar os links de assinatura, com as opções multiplataforma (que conta com as versões impressa e digital do jornal), e apenas a versão digital. Felippe explica que se um fiel faz a assinatura do plano anual do jornal e opta pelo pagamento à vista, a instituição recebe 15% desse valor no dia 18 do mês seguinte à compra. “Vai ser disponibilizado às comunidades um painel com todas as assinaturas que estão ativas e qual será a porcentagem que será revertida à igreja todos os meses”, ressalta.

De acordo com o valor do plano de assinatura que o paroquiano optar, o valor de repasse à instituição será diferente. O plano anual multiplataforma custa R$ 720, sendo que se o pagamento for feito à vista, a instituição vai receber uma parcela única de R$ 108, que representa 15% do valor; já se o pagamento for parcelado, o valor mensal de repasse será de R$ 9, totalizando R$ 108 ao final de 12 meses. No modelo digital, que custa R$ 180, o repasse em cota única será de R$ 27; já se for parcelado, a comunidade religiosa vai receber R$ 2,25 todos os meses.

VOZ À COMUNIDADE

"Com ("Assinatura Solidária"] nós estamos escutando e dando voz à comunidade sobre os projetos sociais que são desenvolvidos e as suas necessidades”, afirma Alexandre Felippe

Até o momento, o projeto está exclusivamente voltado às instituições religiosas de Londrina, mas o gerente admite que o objetivo é ampliar a abrangência e as organizações participantes. “A intenção é auxiliar a comunidade por meio de ações sociais, então o melhor caminho que a FOLHA encontrou nesse momento foi através das instituições religiosas”, afirma. Às instituições caberá divulgar o projeto entre os fiéis e paroquianos.

“Sempre falta dinheiro para as ações que são feitas pelas instituições religiosas, seja para aquelas que trabalham com a doação de fraldas, de alimentos ou outras coisas. Assim como falta para doar, também há uma dificuldade para arrecadar esses itens, o que faz com que eles estejam sempre precisando de uma nova fonte de renda, que é a função do "Assinatura Solidária”, destaca.

Instituições religiosas de qualquer vertente que estejam interessadas em participar do projeto podem entrar em contato com a Folha de Londrina pelo telefone e WhatsApp (43) 3374-2000 e selecionar a opção 3 no menu disponível.

Missão social da igreja

Rodolfo Trisltz é reitor há quatro anos do Santuário Nossa Senhora Aparecida de Londrina, que fica na Vila Nova, região central da cidade. Após o contato inicial feito pelo jornal, o padre conta que achou interessante a ideia do projeto para auxiliar a pastoral da Saúde do Centro Social Mãe Aparecida. Por meio da pastoral, eles emprestam cadeiras de roda e de banho e andadores e fazem a doação de fraldas geriátricas para pessoas de toda a cidade. “Essas coisas [fraldas e itens ortopédicos] a gente sempre está precisando comprar ou reformar, então vai ser um recurso utilizado para manter o projeto funcionando”, afirma.

Trisltz afirma que eles vão começar a divulgar o link do "Assinatura Solidária" durante as missas e nas redes sociais do santuário. Por mês, mais de 15 mil pessoas passam pela igreja. “Nós precisamos colaborar com a questão social da igreja para assistir aos mais desfavorecidos, mesmo fazendo o nosso máximo, nós nunca vamos conseguir suprir todas as demandas, por isso a necessidade de novas fontes de recurso”, ressalta, convocando todos os fiéis que puderem a participar do projeto.

Levar adiante a evangelização

Pároco há mais de cinco anos do Santuário Santa Rita de Cássia, no Jardim Califórnia, na região leste de Londrina, Edivan Pedro dos Santos enumera as três coisas que mais chamaram sua atenção no projeto: a primeira é possibilidade de oferecer à comunidade um veículo de imprensa forte, que traz informação checada, credibilidade e confiança; a segunda é permitir que parte do recurso fique para as obras e ações das igreja; e a terceira é dar voz às necessidade da comunidade.

O pároco conta que parte do dinheiro será destinado ao projeto "Rumo a Santuário", responsável pelas adequações estruturais que fizeram com o que a comunidade deixasse de ser uma paróquia e se transformasse em um santuário. Além disso, a meta também é investir no setor de comunicação da instituição e em um que assiste mais de 70 famílias que precisam de comida, remédios ou gás e de auxílio para custear contas de água e luz.

Todos os meses, entre três e cinco mil fiéis passam pelo santuário. “Aos paroquianos, fiéis e devotos de Santa Rita de Cássia, o projeto é uma forma de se informar e ajudar o Santuário a levar adiante a missão de evangelização e a social. O pouco com Deus não é muito, é tudo”, finaliza.