Para o presidente da APP-Sindicato (Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná), Hermes Leão, a Seed (Secretaria de Estado da Educação e do Esporte) deveria ter considerado a possibilidade de adiamento da realização da Atividade Paraná, que começou a ser realizada nesta quarta-feira (9), mas foi cancelada por problemas na plataforma online.

“Este momento deveria ser focado na segurança sanitária, num balanço de como tocar de forma mais adequada esse processo de ensino e aprendizagem sem a exaustão que está sendo colocada para os profissionais de educação, estudantes e seus familiares e deixar a avaliação para esse nivelamento necessário para um momento mais adequado”, avaliou.

Já por meio de nota, a entidade denunciou que escolas chegaram a adotar medidas para incentivar a participação dos estudantes de modo que a avaliação ocorresse de forma satisfatória. “Houve escolas que ofereceram pontos para aqueles que realizassem a prova, invertendo totalmente o objetivo. Já em escolas cívico-militares, além de pontos da premiação com pontos, estudantes que não realizaram a prova perdiam nota na matéria de “Cidadania e Civismo”, disciplina exclusiva destas unidades”, afirmou a secretária de Finanças da APP-Sindicato, Walkíria Mazeto.

Ao todo, 950 mil alunos deveriam ter realizado a atividade. No entanto, apenas 55 mil conseguiram acessar a plataforma por conta da instabilidade no sistema causada pela grande demanda acessos.

Além disso, alunos e professores denunciaram que a prova era idêntica à avaliação aplicada em Minas Gerais e seu gabarito já teria sido disponibilizado. No entanto, a Seed correu para desmentir o que considerou uma "fake new". “O teste é randômico e as questão são alternadas em todas as provas, bem como a atividade impressa é diferente da atividade online”, publicou a Secretaria.