O tradicional espetáculo da Paixão de Cristo, apresentado há 44 anos no CSU (Centro Social Urbano), na Vila Portuguesa (área central de Londrina), teve a apresentação confirmada para o espaço. Após ter vetado o evento no local por motivos ambientais, a Sema (Secretaria Municipal do Ambiente) voltou atrás da decisão pelo fato de que nunca foi registrado incidentes em anos anteriores. A apresentação será nesta sexta-feira (29), às 20 horas.

Davi Dias, diretor geral da peça, explicou que a Sema não havia liberado o espaço para a realização do espetáculo mesmo com a autorização por parte do Corpo de Bombeiros. Segundo ele, a existência de ninhos de aves no local teria sido um dos motivos da transferência da apresentação para o aterro do Lago Igapó. Outra justificativa é a existência de nascentes no espaço.

A peça já foi encenada no último domingo (24) no aterro do Lago Igapó, e agora retorna para a segunda apresentação no CSU, conforme planejamento original.

Por conta da tradição de mais de quatro décadas, o diretor disse que a preferência era de que o teatro fosse realizado no CSU, mas reforçou que o mais importante é que a peça e as orações cheguem à população. O teatro Paixão de Cristo é financiado através da Lei de Acesso à Cultura.

Sobre a decisão do município de liberar o espaço para a apresentação, Dias garantiu que já era algo esperado, visto que o evento ocupa apenas o espaço do campo de futebol, que já recebe atividades esportivas, enquanto que o teatro acontece acontece no palco de cimento. O público, segundo ele, é ordeiro. Nesse momento, o diretor se diz preocupado pelo pouco tempo que a equipe vai ter para montar a estrutura, mas também aliviado pelas autoridades compreenderem a importância que o evento tem para a cidade.

A celebração começa às 18h com a pregação; a partir das 20h, o teatro da Paixão de Cristo toma o espaço, que tem duração média de 1h30. A expectativa é de receber 10 mil pessoas.

“O teatro é a minha paixão de vida. Eu nasci no teatro e é a coisa que eu mais penso todos os dias. Independente de outros amores que eu tenha na vida, o teatro é o maior deles”, afirma o diretor, ressaltando o empenho, a dedicação e o amor de toda a equipe que faz o espetáculo acontecer.

Matéria atualizada às 16h20