Um adolescente de 14 anos foi aprovado no segundo curso mais concorridos do vestibular da UEL (Universidade Estadual de Londrina). Lorenzo Coneglian, de Londrina, ficou na 27ª colocação em Ciência da Computação.

Para se ter uma ideia do feito de Coneglian, 453 pessoas se inscreveram para concorrer a uma vaga do curso integral, que tem apenas 17 vagas disponíveis. Na modalidade universal, a relação de candidatos por vaga é de 40,6 pessoas para cada oportunidade. A maior concorrência dentro do vestibular da UEL é para o curso de medicina, com 128,9 candidatos por vaga.

O menino é reconhecido na cidade pela sua superdotação. Em julho, ele foi para Nova York (EUA) representar o Brasil na etapa global da Olimpíada de Matemática Copernicus, ocorrida na Universidade de Columbia, oportunidade que lhe rendeu uma medalha de prata.

Surpresa

A notícia da aprovação na última sexta-feira (10) surpreendeu a família do menino, que, mesmo após os grandes feitos realizados, ficou extasiada com o resultado. "Nós sabemos que ele tem bastante potencial, porém foi uma grande surpresa para nós, porque ele prestou para um dos cursos mais concorridos da UEL. Então, estávamos com um pé atrás pela concorrência e porque tem muita gente vindo de cursinho. Nós choramos de alegria ao saber que ele alcançou tamanha proeza sem nenhum curso preparatório", disse Paula Coneglian, mãe de Lorenzo, à reportagem.

De acordo com ela, o garoto tinha apenas 13 anos quando fez o vestibular em novembro. Lorenzo esteve confiante desde a aplicação das provas. Segundo Paula, ele saiu da sala otimista. "No segundo dia, saindo da prova, ele me disse: 'eu amo minha professora Ana Cláudia de sociologia, que me ensinou tudo que eu precisava para este vestibular'", relembrou a mãe, ressaltando que a docente oferece conteúdos diferenciados para ele.

Ensino médio

Mesmo estudando em colégio público e tendo um excelente resultado no vestibular, Lorenzo não deve se tornar um calouro da UEL em 2025. Segundo Paula, o menino, que ainda começará a cursar o 2º ano do ensino médio, só poderia assumir a vaga por meio de ação judicial, possibilidade descartada até o momento.

"Não temos recursos para isso e ele também tem grandes amigos na escola. É um grande dilema para nossa família. Ele é muito novo para fazer uma escolha dessas, porém mostra capacidade e conhecimento que não precisava frequentar o segundo e terceiro ano do ensino médio", explicou a mãe.