Brasília, 31 (AE) - Um acordo para que seja antecipada de maio para janeiro a data-base de reajuste do salário mínimo do próximo ano pode permitir a reunificação dos partidos governistas. Líderes do PFL, do PMDB e do PSDB já comentam reservadamente que essa é a melhor solução para distensionar as relações entre os aliados, acabando com o conflito, provocado pela defesa que os pefelistas - principalmente o presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (BA) - fizeram de um mínimo de 100 dólares.
O acordo não estabeleceria um valor de reajuste do mínimo, apenas garantiria um aumento antecipado. Parlamentares ligados ao presidente do Senado informam que ele não se oporia a esse acordo, que poderá ser fechado hoje, quando o presidente Fernando Henrique Cardoso e o presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), viajam juntos para Santa Catarina. O governador Esperidião Amin (PPB), que irá recepcioná-los, disse ontem que a antecipação da reajuste do próximo ano "é uma boa idéia" e permitiria a discussão do Orçamento de 2001 já em maio deste ano. "Aí, você coloca o salário mínimo como prioridade e as emendas para a Bahia e Santa Catarina como segunda prioridade", ironizou Amin.