A Associação Nacional de Jornais (ANJ) divulgou ontem, em Brasília, o relatório anual sobre a liberdade de imprensa no Brasil cobrando das autoridades, maior empenho para punir os responsáveis por crimes contra jornalistas e orgãos de comunicação. O relatório ainda analisa a Lei de Imprensa que está tramitando no Congresso, avaliando que qualquer legislação que venha a prejudicar a liberdade trata-se de um desserviço e ‘‘um atraso inaceitável na história do País’’. A ANJ considera pontos preocupantes na lei, as indenizações sem limite de valor contra os veículos de comunicação, multas elevadas e prisão para jornalistas e apreensão de jornais.
Ontem, a ANJ também promoveu um painel internacional - ‘‘Jornais: Desafios e Perspectivas’’, com palestras do diretor-geral da Associação Mundial de Jornais (WAN), Timothy Balding, do presidente da WAN até junho último e atual vive-presidente da ANJ, Jayme Sirotsky e do diretor de comunicação do Programação das Nações Unidas para a Educação (Unesco), Alejandro Affonso.
A ANJ reconduziu a diretoria da instituição, que terá novo mandato até o ano 2000. O presidente é Paulo Cabral (Correio Braziliense-DF) e os vices presidentes Demócrito Rocha (O Povo-CE), Francisco Mesquita Neto (O Estado de S. Paulo-SP), Jaime Câmara Junior (O Popular-GO), Jayme Sirotsky (Zero Hora-RS), João Roberto Marinho (O Globo-RJ), Mário Gusmão (Jornal NH-RS), Pedro Pinciroli Junior (Folha de S. Paulo-SP) e Renato Simões (A Tarde-BA). O presidente do Conselho de Administração da Folha do Paraná/Folha de Londrina, João Milanez, integra o Conselho de Administração da ANJ.