Rio de Janeiro - Baleado na cabeça, o ambientalista Dionísio Júlio Ribeiro Filho, 59 anos, foi assassinado com um tiro de espingarda, possivelmente calibre 12, por volta das 22h30 de terça-feira, em uma trilha da Reserva Ecológica do Tinguá, em Nova Iguaçu, Baixada Fluminense. Ribeiro atuava na região e vinha sendo ameaçado por caçadores havia meses.
A Secretaria de Segurança do Estado do Rio prometeu tomar todas as medidas necessárias o mais rápido possível. Policiais militares do 20º Batalhão foram para o local para preservar o corpo que, até as 2h da madrugada de ontem, ainda estava no local do crime. Funcionários da reserva e amigos do ecologista estão chocados com o crime.
Emboscada - De acordo com Luís Henrique dos Santos Teixeira, chefe da Reserva Ecológica do Tinguá, Dionísio foi vítima de uma emboscada a cerca de 200 metros do portão de entrada da reserva. O ambientalista foi um dos responsáveis na década de 1980 pela criação da reserva e participava desde então do Grupo de Defesa da Natureza, uma Organização Não-Governamental (ONG) constituída para a preservação daquela área composta por 28 hectares.
Segundo Luís, além do ecologista, ele mesmo e o agente de Defesa Florestal Marcio Castro das Mercês vinham sofrendo muitas ameaças de morte por causa da repressão a caçadores e palmiteiros da região. Na semana passada dois palmiteiros foram presos extraindo na área da reserva.