Berlim, 21 (AE) - O Urso de Ouro do 49º Festival de Berlim foi "Além da Linha Vermelha", dirigido por Terrence Malick.
O filme, que chegou a ser vaiado na exibição para a imprensa, foi o mais polêmico do festival. As opinões sobre ele foram absolutamente dividas.
O prêmio da crítica foi para o diretor francês Bertrand Tavernier, pelo singelo "Ça Commence Aujourdhui".
Em segundo lugar, com o Urso de Prata, ficou o filme dinamarquês Mifune, de Søren Krag-Jacobsen, o terceiro a ser dirigido dentro dos conceitos do Dogma. Pela primeira vez o Dogma recebe um grande prêmio.
Segundo os preceitos desse grupo de diretores dinamarqueses, os filmes devem ser feitos sem iluminação nem locações artificiais, sem trilha sonora, e com a câmera na mão.
A diretora Daniela Thomas afirmou em Berlim que o Dogma pode ser o caminho para o cinema brasileiro, pois "permite a realização de filmes com baixos custos e é uma alternativa aos padrões de Hollywood".
Os ursos de prata para atuação ficaram todos na Alemanha. Juliane K”hler e Maria Scharader receberam juntas o prêmio para atriz pela atuação das duas em "Aimée & Jaguar", o filme que abriu o festival.
Michael Gwisdek recebeu o Urso de Prata para ator por "Nachtgestalten".
O diretor inglês Stephen Frears recebeu o Urso de Prata por melhor diretor com "The Hi-Lo Country" e Marc Norman e Tom Stoppard receberam o Urso de Prata pelo roteiro de "Shakespeare Apaixonado". O diretor David Cronenberg recebeu ainda o Urso de Prata pelo relevante trabalho em "eXistenZ".
O festival teve uma seleção muito ruim, baseada em diretores famosos, como Alan Rudolph ou Joel Schumacher, mas que apresentaram trabalhos muito ruins.
No próximo ano, o Festival sai do Zoo Palast e passa a ocorrer em Potsdammer Platz, um grande shopping center construído em Berlim pela Sony e pela Daimler-Benz.